Inventor do laser e ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1964, o norte-americano Charles Townes faleceu na última terça-feira, aos 99 anos. Além da Física, Townes também realizou pesquisas astronômicas importantes e deu aulas na Universidade da Califórnia desde 1967.
Além do Prêmio Nobel, Townes recebeu o Prêmio Templeton, que premia pesquisas importantes no campo da espiritualidade, o que o coloca junto com Madre Teresa de Calcutá como a única pessoa a ganhar os dois prêmios na história.
O laser é apontado como uma das invenções que mais mudaram a história moderna, e deu início às mídias digitais. Sem a descoberta de Townes, CDs, DVDs, Blu-Rays não seriam possíveis, assim como leitores de códigos de barras e aparelhos de precisão.
Até a medicina foi beneficiada pelo laser. Sem eles, os bisturis a laser, utilizados principalmente em cirurgias cardíacas e oftalmológicas, não existiria.
O laser (cujo nome significa Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação) envolve a unificação da onda e do comprimento de um feixe de luz.
A possibilidade da existência do laser foi identificada por Albert Einstein, em 1917, que argumentou que a estimular a radiação de um determinado comprimento de ondas poderia unificar a emissão de partículas de luz.
Somente em 1951, Townes identificou e criou condições para esse fenômeno, antes traçado como puramente teórico.
Ao receber o prêmio por sua descoberta, ele doou metade do dinheiro para instituições de caridade.
O cientista estava com a saúde debilitada há bastante tempo e morreu a caminho do hospital, segundo informou a Universidade. Townes se casou com Frances Brown em 1941, com quem teve quatro filhas. Ele ainda deixa seis netos e dois bisnetos.