A Academia Real Sueca de Ciências anunciou nesta quarta-feira (5) três vencedores do Prêmio Nobel de Química deste ano. O prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,6 milhões) será dividido igualmente entre a americana Carolyn R. Bertozzi (da Stanford University), o dinamarquês Morten Meldal (da University of Copenhagen Denmark) e o pesquisador americano K. Barry Sharpless. Sharpless, de 81 anos, é a quinta pessoa a conquistar o Nobel pela segunda vez — sua primeira premiação aconteceu em 2001.
Eles desenvolveram uma ferramenta para a construção de moléculas. Os estudos dos três pesquisadores são ligados ao que se chama de "química click" e química bio-ortogonal. O modo de trabalho do trio torna mais fáceis processos químicos considerados complexos.
A "química click" é criação de Sharpless e Meldal e permite o desenvolvimento rápido de blocos moleculares. A técnica acelera o desenvolvimento de remédios e também é utilizada no mapeamento de DNA. Bertozzi, por sua vez, com sua química bio-ortogonal, tem ajudado pesquisadores no desenvolvimento de medicamentos contra o câncer.
A Academia Sueca concedeu o Nobel de Química no ano passado ao alemão Benjamin List e ao americano David MacMillan pelo desenvolvimento da "organocatálise assimétrica", uma nova ferramenta de construção de moléculas que tornou a química mais "verde" e melhorou a pesquisa farmacêutica.
Na terça-feira (4), foi anunciado o trio vencedor do Nobel de Física por pesquisas na área de mecânica quântica.
No início da semana, o paleontologista e geneticista sueco Svante Pääbo venceu o Nobel de Medicina por sequenciar o genoma do Neandertal e descobrir o hominídeo de Denisova.
Nesta semana ainda será anunciado o Nobel de Literatura e o Nobel da Paz. Na próxima segunda-feira (10) é a vez do vencedor do Nobel de Economia.
Vencedor do Nobel de Medicina leva trote de colegas e comemora assim conquista do prêmio
Não é sempre que se ganha um Prêmio Nobel. Ao contrário, são pouquíssimos cientistas brilhantes que conquistam a condecoração da Academia Real Sueca de Ciências. O paleontologista e geneticista sueco Svante Pääbo, 67 anos, é um desses felizardos, já que recebeu o Prêmio Nobel de Medicina na última segunda-feira (3). Assim que soube da notícia, o cientista foi alvo de um trote dos colegas e admiradores no Instituto Max-Planck, em Leipzig, na Alemanha