Modelos simples de câmera de vigilância custam menos de R$ 200
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Na cidade de São Paulo, a Polícia Militar tem cerca de 500 câmeras de segurança que funcionam em conjunto com os quase 400 monitores da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) gravando a cidade 24 horas por dia.
Mesmo assim, o número de equipamentos não é suficiente. Para fugir da violência, pessoas comuns têm apostado em métodos próprios para proteger suas casas, utilizando até mesmo esquemas de proteção de associações de moradores. Tarefa que está ficando cada dia mais fácil com o uso da tecnologia.
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É um engano pensar que, para garantir segurança a residências e comércios, a única saída é recorrer a uma empresa especializada. Montar a própria central de segurança em casa pode ser uma alternativa tão eficiente quanto contratar uma empresa - e bem mais barata - afirma o coordenador do curso de Gestão de Segurança Privada da Anhanguera de São José (SC), Miguel Mastella.
— Em termos de custo, é bem acessível fazer uma central de monitoramento. A diferença de preço entre contratar uma empresa e instalar as próprias câmeras é maior do que 50%.
Câmeras, um computador com capacidade para ficar dias ligado sem apresentar problemas e um HD externo grande o suficiente para guardar as imagens é o "kit inicial" para monitorar os arredores de sua casa. É possível começar a central utilizando um computador próprio, mas é indicada a aquisição de uma máquina especialmente para a vigilância. Caso você use o seu PC, o investimento inicial é de cerca de R$ 1.500. Kits completos de câmeras de vigilância podem ser encontrados no Mercado Livre, com preços entre R$ 150 e R$ 300. Caso queria um PC específico para a tarefa de centralizar as imagens de segurança, o computador HP ProDesk 600 G1 Mini, da HP é uma boa pedida e pode ser adquirido por cerca de R$ 2.800.
Câmeras inibem a ação de bandidos
A simples presença de câmeras instaladas já ajuda na prevenção de assaltos. Mastella explica que bandidos visam casas desprotegidas e equipamentos à mostra espantam os possíveis criminosos.
Compartilhar as imagens gravadas na internet também não é problema, desde que o ato não seja feito de má-fé, diz o advogado Fabricio Sicchierolli.
— É muito comum que várias residências tenham câmeras de filmagem, que captam imagens diuturnamente de seus frequentadores e de tudo que acontece nesses locais. Essas imagens são de categoria privada, e, portanto, se ficarem guardadas em ambiente de “nuvem” na internet, não haverá nenhum problema. O que não se admite é aquele que capta a imagem se utilize dela para obter lucro ou para constranger aqueles que são filmados.
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Suporte de prontidão
A presidente da Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), Selma Migliori, defende a contratação de empresas especializadas, explicando que elas são mais indicadas para fornecer suporte em momentos de apuros.
— O mais indicado não é buscar no mercado a solução pronta e sim que haja uma análise para que o serviço seja personalizado de acordo com o caso e o local. Absolutamente todos os segmentos são clientes em potencial para receber segurança e as câmeras ajudam a inibir algumas ações criminosas.
O coordenador do curso de Gestão de Segurança, por outro lado, minimiza as diferenças entre o monitoramento próprio ou feito por terceiros.
— Quando você contrata uma empresa, ela monitora a residência 24 horas por dia, a diferença é que se acontece alguma coisa, eles já enviam uma viatura na hora, algo que pode não acontecer caso a pessoa gerencie sua própria rede de segurança.
App e medidas complementares
Um novo app também ajuda o público a se proteger é o CityCop, ferramenta de GPS que serve como alerta comunitário. O app é gratuito e funciona de forma colaborativa: os usuários alertam com denúncias de roubos e outros crimes, em geral, criando um mapa de áreas perigosas. O CityCop pode ser acessado via web ou baixado para sistemas Android e iOS.
Outras medidas servem como complemento para proteger a residência. Por uma taxa relativamente baixa, grupos organizados fazem rondas em bairros e auxiliam os moradores na entrada e saída de casa. A coordenadora pedagógica Ana Carolina Dente faz o uso de um desses grupos informais há mais de dez anos, em Santo André (SP). Segundo ela, a sensação de segurança aumenta com a utilização do serviço.
— Eu tenho medo, então, com alguém para nos acompanhar, a gente acha que um bandido vá pensar duas vezes antes de fazer algo. Eu não arrisco parar o carro sem ter cobertura, mesmo o meu bairro não sendo muito visado para roubos.
*Colaborou Raphael Andrade, estagiário do R7
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