UE não deve seguir exemplo de Alemanha, com imposição de leis punitivas
Alok Sharma/PexelsAs empresas de mídia social Facebook, Twitter e YouTube, do Goog4le, aceleraram a remoção de discurso de ódio online, avaliando mais de dois terços das reclamações dentro de 24 horas, mostraram novos dados da União Europeia.
A UE pressionou os grupos de mídia social para que aumentassem seus esforços para combater a proliferação de conteúdo extremista e de ódio em suas plataformas, ameaçando-as com legislação.
Microsoft, Twitter, Facebook e YouTube assinaram um código de conduta com a UE em maio de 2016 para revisar a maioria das queixas dentro de um prazo de 24 horas. O Instagram também assinará o código, disse a Comissão Europeia.
As empresas conseguiram revisar reclamações dentro de um dia em 81% dos casos, mostraram os números da UE divulgados nesta sexta-feira (19), em comparação com 51% em maio de 2017, última vez que a Comissão tinha monitorado o cumprimento do código de conduta.
Em média, as companhias removeram 70% do conteúdo sinalizado, contra 59,2% em maio do ano passado.
A comissária da Justiça da UE, Vera Jourova, disse que não quer ver uma taxa de remoção de 100% porque isso poderia afetar a liberdade de expressão.
Ela também afirmou que não é favorável a imposição de legislação como fez a Alemanha — o país chegou a proibir até relógios inteligentes para crianças. Entrou em vigor naquele país este ano uma lei que prevê multas de até R$ 196 milhões (50 milhões de euros) para redes sociais que não removerem discurso do ódio rapidamente.
Jourova disse que os resultados revelados na sexta-feira tornaram menos provável que ela pressione por uma legislação sobre a remoção do discurso de ódio.
Copyright © Thomson Reuters.