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Unesco combate assédio contra assistentes virtuais 

Estudo mostra que Siri e Alexa sofrem altos índices de preconceito de gênero e respondem com frases tolerantes e passivas

Tecnologia e Ciência|Do R7

Assistentes são programadas para serem subservientes
Assistentes são programadas para serem subservientes Assistentes são programadas para serem subservientes

As assistentes virtuais estão cada vez mais presentes na rotina das pessoas, seja para ajudar, tirar dúvidas, facilitar o dia a dia. O que todas elas têm em comum são os nomes de mulheres e a voz padrão do gênero feminino, como Lu, Siri, Alexa, Nat, Bia etc.

De acordo com estudo lançado em maio do ano passado pela UNESCO, chamado "I’d Blush If I Could" ("Ficaria Corada se Pudesse", em tradução livre), as assistentes virtuais, via inteligência artificial, sofrem altos índices de preconceito de gênero e normalmente respondem com frases tolerantes, subservientes e passivas.

Com base neste contexto, nasce o movimento Hey Update My Voice em parceria com a Unesco, que tem por objetivo chamar atenção sobre a educação cibernética e respeito às assistentes virtuais, além de pedir para que as empresas atualizem as respostas de suas assistentes. Pois se até elas sofrem com assédio, quantas mulheres reais são vítimas dessa violência?

Neste momento, o público é uma ferramenta importante para o movimento. No site https://heyupdatemyvoice.org é possível encontrar o campo "sua voz". Lá poderão ser gravadas mensagens de voz de até 15 segundos com sugestões de respostas para assistentes virtuais aos assédios cibernéticos. O objetivo é que as empresas engajem com o movimento, recebam as mensagens e alterem as respostas das assistentes virtuais partindo dessas recomendações.

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De acordo com a UNESCO, as assistentes são programadas basicamente por homens (que representam 90% da força de trabalho na criação de inteligência artificial) e têm a premissa de serem subservientes, mesmo quando verbalmente assediadas.

O Hey Update My Voice visa contribuir para a educação virtual das gerações atuais e futuras e é aberto para a participação de todos, de Instituições de Defesa dos Direitos das Mulheres, às empresas que utilizam assistentes virtuais, até as que apenas queiram entrar na discussão sobre o tema.

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