Bom senso deve largar na frente quando o assunto é carro. Afinal, não dá para exagerar nos cuidados a ponto de deixar outras tarefas de lado e nem deixar o veículo sem lavagem por meses a fio. Mas se tem algo que ninguém discorda é um bom trato no veículo na volta da praia. Porém, os cuidados devem começar bem antes da viagem, garante o consultor automotivo, Olívio Netto, da ON Consultoria Automotiva: “É interessante lavar bem o veículo e aplicar cera para formar uma camada protetora contra a oxidação das peças metálicas e demais componentes do carro por causa da maresia. Existem oficinas especializadas que também fazem uma lavagem anti-óxido por baixo do veículo (a área mais afetada pela maresia)”.
Nesse caso, o especialista recomenda verificar se essa lavagem não usará materiais alcalinos, óleos ou outros derivados do petróleo para evitar problemas mais sérios.
Proteja bancos e vidros
Sabe aquele velho hábito de sentar molhado no banco do automóvel após um banho de mar? Ou quando as crianças derrubam bebidas e alimentos? Não há motivo para se preocupar, pois há como proteger: “Uma capa protetora para bancos é barata, útil, protege os estofamentos e facilita a limpeza dos bancos. Também recomendo a compra de um protetor que fica no para-brisa, para usar quando estacionar o veículo sob o sol. É algo simples e que evita altas temperaturas no interior do carro, protege os componentes internos do sol e gera mais conforto para o motorista ao pegar o volante. Veículos com película nos vidros protegem melhor os ocupantes e a parte interna da cabine, além de gerar mais conforto térmico”, diz.
Revisão é a palavra de ordem
Não é raro encontrar pessoas que só levam o carro ao mecânico quando surge algum problema ou barulho estranho. É fundamental estar com a revisão em dia e a recomendação não vale apenas antes de pegar estrada. Os pneus merecem atenção especial no dia a dia e devem ser calibrados de acordo com a recomendação do fabricante. “Atenção para as calibragens com o veículo vazio e com o veículo cheio pois, geralmente, os fabricantes determinam capacidades diferentes para cada situação. É necessário calibrar uma vez por semana e preferencialmente com os pneus frios, ou seja, depois de rodarem cerca de um quilômetro. Quanto mais o pneu roda, mais o ar interno se aquece e, por causa da dilatação, pode haver diferença entre a pressão interna real do pneu e a momentânea, o que pode interferir na calibragem”, sugere Olívio Netto.
Lavagem certeira
Nada de aproveitar o sol quente para lavar o carro, já que na hora de enxaguar o cuidado terá que ser redobrado para evitar manchas na lataria. Segundo Olívio Netto, atualmente existem flanelas específicas para a lavagem, como a de microfibra. “A minha dica é começar a lavar o veículo a partir do teto. Geralmente as pessoas começam pela parte de baixo, com grande acumulo de sujeira, a flanela fica cheia de poeira e a lataria do carro pode sofrer pequenos riscos.
Uma boa lavagem não deve usar produtos como querosene ou outros materiais alcalinos. “Esses produtos não são recomendados, pois prejudicam a pintura e, principalmente, itens de acabamento de borracha, como alguns frisos, por exemplo. O ideal é água, xampu automotivo ou sabão neutro”, explica Olívio Netto.
Atenção aos amassados
Aquela batidinha sem importância não deve ser esquecida, ainda que imperceptível pode trazer danos para a lataria do veículo. “Um pequeno amassado pode gerar uma trinca na pintura e começar a ocasionar ferrugem. É fundamental ficar atento e procurar oficinas especializadas”, alerta o consultor automotivo.
Carro repintado, cuidado redobrado
Carro repintado merece cuidado especial, já que empresas de funilaria e pintura costumam usar o poliuretano em vez do poliéster utilizado pelas montadoras. “O poliéster, de fábrica, gera uma espécie de verniz protetor e um carro repintado não tem a mesma proteção. Ou seja, fica mais sensível a manchas, por exemplo”.
Polimento com moderação
Pouca gente sabe, mas a cada polimento uma camada de verniz do carro é removida. “O polimento é mais indicado quando há algum defeito na pintura, como manchas e pequenos arranhões. Tanto o polimento, quanto a cristalização ou o espelhamento, devem ser utilizados com moderação”, esclarece o consultor.
Troca de óleo
O óleo deve ser trocado de acordo com a quilometragem ou pelo tempo (o que ocorrer primeiro). Vale reforçar que o óleo também pode envelhecer sem o uso do veículo. “Recomenda-se trocar o filtro de óleo no momento de cada troca de óleo. A especificação do óleo (espessura e propriedades) deve ser respeitada de acordo com o estipulado pelo fabricante porque cada motor tem particularidades”, finaliza.
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