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Entenda quais fatores ajudam o Brasil para uma negociação das tarifas americanas sobre o café

Setor possui altas expectativas de um possível acordo entre os dois países e aposta na qualidade do grão, além do valor global, para convencer Washington

Agronegócios|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Os Estados Unidos importam cerca de 2 milhões de sacas de café especial do Brasil anualmente, gerando receitas superiores a US$ 550 milhões.
  • Vice-presidente da BSCA destaca a importância do café brasileiro e as oportunidades de negociação diante das tarifas impostas pelos EUA.
  • Expectativa de que acordos bilaterais possam isentar o café de tarifas elevadas, dada sua relevância e qualidade no mercado americano.
  • Fatores climáticos, como El Niño e La Niña, também podem influenciar a demanda por café brasileiro, pressionando negociações futuras.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Os Estados Unidos são o principal mercado importador dos cafés especiais do Brasil. Com a compra de cerca de 2 milhões de sacas por ano, a receita das negociações atinge um valor superior a US$ 550 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões) anualmente. Com o setor apreensivo após a imposição da sobretaxa americana sobre o grão, se cria uma expectativa de melhoria para o futuro após a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.

Em entrevista ao Record News Rural desta quarta-feira (29), Luiz Roberto Saldanha, vice-presidente da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais), destaca a importância dos grãos especiais, assim como das outras categorias tanto para o mercado brasileiro, como para o americano. Cerca de 16% das exportações do grão brasileiro são destinadas aos Estados Unidos, destaca Saldanha — parcela que representa 30% de todo o café consumido em solo estadunidense.


Vice-presidente do órgão destaca a importância do grão no mercado americano, representando 30% do consumo do país Reprodução/ Record News

“É um produto muito especial para os norte-americanos, assim como é para os brasileiros e é muito interessante porque é um produto que agrega muito valor. Então, os estudos realizados pelos Estados Unidos mostram que cada US$ 1 importado de café brasileiro, você adiciona US$ 43 (cerca de R$ 70,00, atualmente) na cadeia de valor norte-americano”, comenta.

O vice-presidente da BSCA lembra da importância da diplomacia brasileira ao lado também das ações dos empresários para negociar às tarifas ou buscar uma isenção temporária. Ele destaca a qualidade do grão nacional como essencial para os tipos de misturas consumidas pelos americanos e no valor global, além de fatores como a profissionalização no cultivo, e conformidade com legislações ambientais e trabalhistas.


“Uma das grandes expectativas é que haja uma abertura de um trabalho para que o Brasil possa vir a fazer os acordos bilaterais com os Estados Unidos. E se isso acontecer, o café pode entrar nessa lista de exceção de tarifas, ao menos dos 40%, porque ele entraria nessa lista de produtos que não são produzidos nos Estados Unidos ou que eles não são autossuficientes”, destaca Saldanha.

Outro ponto favorável para o café brasileiro está relacionado aos fenômenos climáticos, como El Niño e La Niña, que afetam a oferta mundial de café, e geram desafios logísticos aos americanos na busca por alternativas ao café brasileiro — que pode pressionar mais ainda para uma negociação.

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