Após a polêmica sobre a identificação do corpo de Geovane Mascarenhas de Santana, 22 anos, que desapareceu durante uma abordagem da Polícia Militar no bairro da Calçada, em Salvador, a Defensoria Pública da Bahia pediu a coleta do DNA dos familiares do jovem para que não haja dúvida sobre a identificação.
Com medo, pai de Geovane pede proteção para a família
O comerciante Jurandy Silva de Santana, 40 anos, pai de Geovane, esteve na subcoordenação da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos da Defensoria Pública da Bahia, nesta segunda-feira (18), para buscar ajuda para o processo de reconhecimento do corpo de seu filho.
Segundo a subcoordenadora da Especializada, Bethânia Ferreira, Santana está preocupado com a identificação do corpo do jovem, pois o resultado do exame de comparação das digitais realizado em uma das mãos apontou como sendo pertencente a Geovane, mas o corpo não.
O desaparecimento do jovem ocorreu no dia 2 de agosto. Na sexta-feira (15), técnicos do IML divulgaram que um corpo carbonizado e sem a cabeça e as mãos, que estava no desde o dia 3 de agosto, teria sido identificado como o de Geovane. No entanto, mais tarde, a notícia foi desmentida pelo pai da vítima que alegava não haver, na altura da costela esquerda, uma tatuagem com o nome Jurandy.
A partir de então, o processo de identificação precisou ser mais sofisticado, com material genético, pois apenas uma das mãos encontrada em um terreno baldio no bairro de Campinas de Pirajá foi identificada como sendo do jovem. Neste caso, O laudo com o resultado do exame de DNA será divulgado no prazo de 30 dias.
A Defensoria também revelou que vai participar do processo de apuração que vem sendo feito pela Corregedoria da Polícia Militar, sobre o envolvimento dos policiais militares no desaparecimento do jovem, assim como acompanhar o inquérito policial a fim de verificar a regularidade do processo.