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Antonio Patriota deixa Itamaraty após fuga de senador boliviano

Patriota será substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado, que chefiava missão na ONU

Brasil|Do R7, com Rede Record

Troca de cargos: Machado (esq.) assume o Itamaraty, enquanto Patriota (dir.) vai chefiar missão do Brasil na ONU
Troca de cargos: Machado (esq.) assume o Itamaraty, enquanto Patriota (dir.) vai chefiar missão do Brasil na ONU Troca de cargos: Machado (esq.) assume o Itamaraty, enquanto Patriota (dir.) vai chefiar missão do Brasil na ONU

Antonio Patriota deixou nesta segunda-feira (26) o cargo de ministro de Relações Exteriores do Brasil. A demissão ocorre após a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que chegou ao Brasil no sábado (24) em uma operação que, segundo o Planalto, não foi autorizada pelo governo.

De acordo com o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão e indicou para o cargo o representante do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Em nota, a presidente agradeceu a dedicação e o empenho de Patriota nos mais de dois anos em que permaneceu no cargo.

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O ex-chanceler vai agora justamente ocupar o posto deixado por Machado e chefiar a missão brasileira na ONU.

A Rede Record apurou que, para Dilma, a fuga do senador boliviano sem o consentimento do Planalto representou uma quebra de hierarquia.

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O novo chefe do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) deve tomar posse até a próxima sexta-feira (30), quando deve acompanhar a presidente Dilma na 7ª reunião de chefes de estado e de governo da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), que acontece em Paramaribo, no Suriname.

Fuga do senador boliviano

A queda de Patriota ocorre após a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que chegou ao Brasil no sábado (24) após passar mais de 450 dias na Embaixada do Brasil em La Paz.

Molina estava asilado desde junho de 2012 na representação diplomática sob alegação de ser um perseguido político. O parlamentar é um dos principais opositores do governo do presidente boliviano Evo Morales, mas pesam sobre ele ao menos 20 processos judiciais. Segundo o governo boliviano, Molina solicitou o asilo para não responder na Justiça a crimes de danos econômicos ao Estado calculados em pelo menos US$ 1,7 milhão.

Para deixar a Bolívia, Molina precisava de um salvo-conduto do governo Morales, o que era considerado uma exigência do Planalto para trazer o parlamentar para o Brasil. Mas o pedido foi negado.

A situação de Molina se arrastou sem solução até a última sexta-feira (23), quando o parlametar deixou a embaixada em um carro diplomático brasileiro e seguiu até Corumbá (MS). O percurso de mais de 20 horas foi feito por dois carros da embaixada brasileira com escolta de fuzileiros navais.

De Corumbá, Molina seguiu para Brasília em um avião cedido pela família do senador brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

A fuga de Molina foi arquitetada pelo ministro Eduardo Saboia, que é encarregado de negócios da embaixada e chefe temporário da representação em La Paz.

Saboia disse que tomou sozinho a decisão de retirar Molina da embaixada em La Paz por razões humanitárias, já que o parlamentar boliviano estava com sintomas de depressão e falava até em cometer suicídio.

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