A convocação das Forças Armadas nas ações de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) nos prédios da Esplanada dos Ministérios e palácios do governo federal contarão com 1.300 militares do Exército e 200 fuzileiros navais, segundo informações do Ministério da Defesa.
A decisão do emprego militar em Brasília foi feita por decreto do presidente da República, Michel Temer, após os atos de vandalismos contra os prédios da Esplanada durante manifestações nesta quarta-feira (24).
De acordo com o governo, as tropas das Forças Armadas passaram a ocupar o Palácio do Planalto, o Palácio do Itamaraty, o Ministério da Defesa e os Comandos da Marinha e da Aeronáutica.
O decreto assinado pelo presidente Temer tem prazo até o dia 31 de maio e é exclusivo para os prédios públicos. Quaisquer atos de vandalismo, por exemplo, que ocorram no gramado da Esplanada dos Ministérios, a ação será da Polícia Militar do Distrito Federal e demais órgãos de segurança pública do Distrito Federal.
Manifestantes ateiam fogo e depredam ministérios após tumulto em marcha no DF
Em entrevista coletiva, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a intervenção do Exército foi solicitada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
— O senhor presidente decretou, repito, por solicitação do presidente da Câmara, uma ação de garantia da lei e da ordem. E neste instante tropas federais já encontram aqui neste Palácio e no Palácio do Itamaraty e logo mais chegarão tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incólumes.
A informação foi negada por Maia. Ele afirma ter solicitado apenas a Força Nacional de Segurança para conter o grupo que ateou fogo em prédios ministeriais na Esplanada.
— Pedi ao presidente da República para que pudesse enviar o apoio da Força Nacional, o apoio da Polícia do Distrito Federal. O ministro Raul Jungmann deu uma coletiva dizendo que o pedido de GLO, que é um pedido da utilização das Forças Armadas, é um pedido da Câmara. Eu afirmo e reafirmo que isso não é verdade. [...] Se o governo decidiu adotar outra medida, essa outra medida é uma responsabilidade do governo. Não é uma responsabilidade que pode ser da Câmara dos Deputados.