Francieli reclamou ser investigada por CPI
Adriano Machado/Reuters - 08.07.2021O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou durante o depoimento da ex-coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações) Francieli Fantinato, exonerada em julho, que a servidora federal não é mais investigada da comissão.
Os integrantes da CPI votaram favoravelmente à decisão, anulando também o requerimento de quebra dos sigilos telefônico e telemático de Francieli.
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Em sua justificativa, Renan afirmou que ela estava colaborando com a investigação e por isso não seria mais investigada.
O pedido para o depoimento de Francieli foi feito pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). Segundo o parlamentar, a servidora editou nota técnica aos estados recomendando a vacinação de gestantes que tinham recebido a primeira dose da AstraZeneca com qualquer vacina que estivesse disponível, sem nenhuma comprovação de segurança ou eficiência dessa medida nas grávidas.
Durante o depoimento nesta quinta-feira ela nomeou estudos que permitiriam o uso de marcas diferentes para o público em geral, mas admitiu que não havia pesquisa específica para mulheres grávidas ou puérperas (que tiveram filhos até 45 dias antes).
Em 8 de junho, quando o ministro Marcelo Queiroga prestou depoimento à comissão, o assunto gerou uma discussão entre os dois. Otto disse que o fato era muito grave e que as pessoas "não podem ser usadas como cobaias". Além disso, disse o parlamentar, a Pfizer traz em sua bula que não deve ser aplicada em gestantes.
Francieli abriu seu depoimento hoje reclamando que havia sido colocada investigada antes de ter o direito de se defender.