Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Defesa de Lula insiste para que Tacla Duran seja ouvido por Moro 

Advogados do ex-presidente querem que ex-funcionário da Odebrecht seja ouvido em incidente de falsidade contra documentos da construtora 

Brasil|Thais Skodowski, do R7

Defesa de Lula solicita depoimento de Tacla Duran
Defesa de Lula solicita depoimento de Tacla Duran Defesa de Lula solicita depoimento de Tacla Duran

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou que o juiz Sérgio Moro autorize o depoimento do advogado e ex-funcionário da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, no âmbito do incidente de falsidade, em que é questionada a idoneidade de documentos entregues pela empreiteira no acordo de colaboração. O pedido foi feito na noite de segunda-feira (29).

Para os advogados de Lula, o depoimento de Duran pode mostrar que os sistemas e documentos da Odebrecht apresentados pelo (MPF) Ministério Público Federal foram adulterados.

Esta é a quarta vez que a defesa do ex-presidente solicita o depoimento de Duran. Em uma das decisões, o magistrado escreveu que a “palavra da pessoa envolvida, em cognição sumária, em graves crimes e desacompanhada de quaisquer provas de corroboração não é digna de crédito”.

Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-funcionário da Odebrecht teve a prisão preventiva decretada, mas fugiu para a Espanha. Ele foi preso em Madri, em novembro de 2016, a pedido da Justiça brasileira, mas por ter cidadania espanhola, não foi extraditado e responde o processo em liberdade.

Publicidade

Aluguel de imóvel para Lula

A nova tentativa da defesa de Lula para autorização do depoimento de Duran ocorre após Moro reconsiderar o pedido de Glaucos da Costamarques sobre a disponibilização da cópia de vídeos do Hospital Sírio-Libanês, com o objetivo de provar que o advogado Roberto Teixeira o teria visitado no local para que ele assinasse recibos do aluguel de um prédio em São Bernardo do Campo (SP), vizinho ao de Lula e usado pelos seguranças do ex-presidente.

Publicidade

Moro, que já tinha negado o pedido, reconsiderou em um despacho do dia 16 de janeiro, que a defesa de Costamarques tenha acesso aos vídeos. Na decisão, o juiz justifica a autorização do pedido “Em vista da insistência da Defesa de Glaucos da Costamarques na produção da prova”.

Depoimento CPI JBS

Publicidade

Em novembro do ano passado, Duran em depoimento à CPI da JBS, disse que o sistema de propinas da empresa, que era chamado de Drousys, foi adulterado. O depoimento à CPI foi feito por videoconferência, já que ele se encontra na Espanha.

Duran também disse que chegou a receber de procuradores da força-tarefa da Lava Jato uma minuta de um acordo, mas que desistiu porque lhe imputavam crimes que não cometeu.

Ele ainda contou ter contratado o advogado Carlos Zucolotto Junior, em Curitiba, para negociar uma delação premiada. Zucolotto, que é amigo e padrinho de casamento de Moro, teria oferecido redução de uma multa de US$ 15 milhões, para US$ 5 milhões. Os honorários seriam pagos por fora.

À época, em nota, o juiz Sergio Moro confirmou a amizade com o advogado e disse que a acusação de Duran é falsa. Ele ainda acrescentou que o ex-funcionária da Odebrecht é foragido da Justiça e não merece crédito.

A força-tarefa da Lava Jato também se pronunciou. Ela repudiou as afirmações de Duran e disse que a delação premiada dele foi encerrada por ser incompatível com os requisitos legais.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.