Até fevereiro, desaprovação pessoal do presidente era de apenas 28,2%
FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 22/08/2019A desaprovação ao desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro, mostrou nesta segunda-feira (26) pesquisa CNT/MDA, que também apontou que a aprovação pessoal do desempenho do presidente caiu para 41%, ante 57,5% em fevereiro.
O levantamento também mostrou que a avaliação positiva do governo Bolsonaro é de 29,4%, ante 38,9% em fevereiro.
O percentual dos que têm uma avaliação negativa da gestão é agora de 39,5%, contra 19% em fevereiro.
Os que avaliam o governo como regular são 29,1%, ante 29%, apontou a pesquisa.
Em um momento em que Bolsonaro sofre grande pressão internacional por causa do aumento das queimadas na Amazônia, a sondagem apontou também que 93,5% dos entrevistados responderam que a preservação do meio ambiente é “muito importante”, enquanto 5,5% consideraram o tema “um pouco importante”. Outros 0,5% afirmaram que a preservação do meio ambiente “não é importante”.
A pesquisa foi realizada no período em que as queimadas na região amazônica ganharam proporção e chamaram a atenção de todo mundo, gerando inclusive uma troca pública de farpas entre Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron.
A pesquisa do instituto MDA, para a CNT (Confederação Nacional do Transporte), ouviu 2.002 pessoas, entre quinta-feira e domingo. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
Setores
Dentre as áreas apontadas como de melhor desempenho do governo nesses oito meses de gestão, estão o combate à corrupção (31,3%), a segurança (20,8%), e a redução de cargos e ministérios (18,5%). A economia foi citada por 12,3% e as reformas, por 12%. Os entrevistados podiam escolher até duas opções.
A saúde, em compensação, figura como o primeiro setor dentre os com pior desempenho, citada por 30,6% dos entrevistados. Em seguida vêm meio ambiente, com 26,5%, e a educação, 24,5%. Também neste caso, os entrevistados podiam escolher duas áreas.
Piores ações
Os entrevistados foram estimulados, ainda, a citarem duas ações que consideram como as piores nestes primeiros meses de governo.
O decreto da liberação de posse e porte de armas aparece na primeira colocação, com 39,1%, seguido de “uso de palavras ofensivas e comentários inadequados”, com 30,6%, e do contingenciamento de verbas da educação, com 28,2%. Outros 24,4% consideraram que “deixar os filhos dar opinião sobre integrantes e ações de seu governo” estão entre as piores ações.
Dentre as melhores ações apontadas, estão o combate à corrupção, citado por 29,6%, e a segurança, maior policiamento nas cidades, o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, listados por 27,5%. O fim do horário de verão vem na terceira posição, cotado por 18,1%, e em quarto lugar vem a redução do número de ministérios, com 16,1%.
A indicação do filho de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador nos Estados Unidos foi considerada inadequada por 72,7%. Outros 21,8% afirmaram ser adequada, enquanto 5,5% não soube ou não respondeu.
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