Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Dilma ampliou gasto com assessores durante campanha ao Senado

Custo total de diárias de funcionários que assessoram a ex-presidente foi de R$ 66,4 mil no período eleitoral, mais que em viagens para o exterior

Brasil|Márcio Pinho e Fernando Mellis, do R7

Ex-presidente Dilma após votar em campanha para o Senado, em 2018
Ex-presidente Dilma após votar em campanha para o Senado, em 2018 Ex-presidente Dilma após votar em campanha para o Senado, em 2018

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) concentrou despesas de viagens com assessores a que tem direito por ser ex-chefe do Executivo no período da campanha ao Senado Federal por Minas Gerais, segundo dados do governo federal obtidos pelo R7 por meio da Lei de Acesso à Informação. 

Os gastos com até 8 assessores são cobertos pelo governo, e Dilma lidera o ranking dos ex-presidentes que custam mais aos cofres públicos nesse quesito. 

Nas viagens que aconteceram total ou parcialmente entre 16 agosto - início oficial do período de campanha eleitoral - e 7 de outubro, data da eleição, foram 295 diárias pagas, quase a metade de todo o ano. O custo para os cofres públicos foi de R$ 66,4 mil, 26,4% do gasto de todo o ano da ex-presidente com os assessores. Pelo menos quatro funcionários ficaram em companhia da ex-presidente por mais de 40 dias.

O gasto no período superou intervalos em que foram feitas viagens internacionais, como a Buenos Aires, Londres e Manchester (Inglaterra), Califórnia (EUA) e Madri e Barcelona (Espanha) - ocasiões que Dilma aproveitou para falar da situação política no país e da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Publicidade

Ao final da eleição, Dilma não conseguiu se eleger senadora. Procurada na quarta-feira (24), a ex-presidente não comentou os gastos durante a campanha em 2018.

Seguranças e motoristas

Publicidade

As diárias são um reembolso de despesas dos até oito assessores a que os ex-mandatários têm direito, além de dois veículos e seus respectivos custos com combustível e manutenção. Dois dos assessores são motoristas, quatro são destinados a apoio pessoal e segurança e outros dois são funcionários em comissão de uma categoria chamada Grupo-Direção e Assessoramento Superiores.

Todos podem ser escolhidos livremente pelos ex-presidentes. Não há limite para os gastos ou de funções que possam ser exercidas pelos assessores. As diárias pagas pela Presidência da República podem chegar a R$ 268 para viagens no país. 

Publicidade

Boa parte das viagens de assessores de Dilma no período eleitoral tiveram origem em Porto Alegre, onde residiria parte da equipe que costuma acompanhar a ex-presidente. Dilma mudou seu domicílio eleitoral em abril de 2018 para poder concorrer ao Senado por Minas Gerais. E um dos destinos comuns das viagens foi Belo Horizonte, que foi sede da campanha.

Também houve diárias em cidades mineiras como Ipatinga, Montes Claros, Governador Valadares, Teófilo Otono, Uberlândia e Uberaba, entre outras. 

Leia mais: Comissão retira da pauta análise de pedido de pensão de Dilma

Líder em gastos

Dilma foi a líder em gastos com diárias e passagens de assessores em 2018. Fernando Collor (PTC) ficou em segundo.

Lula concentrou seus gastos até o começo de abril, pois foi preso no dia 7 daquele mês. Em maio, a Justiça privou Lula dos benefícios em razão da prisão. O que menos gastou foi Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Veja o ranking e quanto cada um dos ex-presidentes gastou: 

1 - Dilma Rousseff - R$ 576.821,10

2 - Fernando Collor - R$ 360.609,93

3 - José Sarney - 129.660,06

4 - Lula - R$ 95.999,55

5 - Fernando Henrique Cardoso - R$ 3.008,82

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.