Diferente dos protestos que tomaram as ruas de diversas cidade do País em junho, quando a população saiu espontaneamente de suas casas, a greve das centrais sindicais mobilizou poucas pessoas que não são da categoria, na manhã desta quinta-feira (11). O chamado Dia Nacional das Lutas têm paralisações previstas para todo o Brasil, mas começou enfraquecido em São Paulo.
Os líderes do movimento chegaram a dizer que iriam parar a capital paulista, mas metroviários não aderiram à paralisação e a cidade amanhecem em ritmo normal. Por volta das 9h, a cidade registrava lentidão abaixo da média para o horário.
Para o cientista político Humberto Dantas, o fato de as pessoas não saírem às ruas pode ser explicado pela falta de identificação com esses movimentos.
— As pessoas não estão hoje nas ruas por uma questão de desinteresse, não querem legitimar essas centrais sindicias.
Dantas diz, ainda, que a ligação com organizações políticas pode ter afastado as pessoas.
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Os protestos esvaziados na capital paulista surpreenderam os organizadores da manifestação. Em entrevista ao R7, o assistente-executivo da UGT (União Geral de Trabalhadores), Paulo Pirassol, atribuiu a baixa adesão ao movimento à ausência da participação dos metroviários.
— Foi complicada a decisão dos metroviários em não aderir à paralisação. Eles decidiram por assembleia, foi uma decisão soberana [...] Sem transporte público, a gente imagina que o impacto teria sido maior.
As manifestações do Dia Nacional de Lutas acontecem no Brasil inteiro, com paralisação de várias categorais lideradas por centrais sindicais e movimentos sociais.