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José Sarney nasceu José Ribamar, no dia 24 de abril de 1930, na cidade de Pinheiro (MA). Durante a infância, viveu nas cidades de São Bento e Santo Antônio das Balsas, também no Maranhão. Seguindo o costume do Nordeste, seu nome foi logo associado ao do pai e ficou conhecido como José “do Sarney”. O apelido foi reconhecido em cartório, aos 18 anos, quando se tornou legalmente José Sarney. Na foto, ele aparece ainda bebê, no colo da avó paterna, na cidade natal. Leia mais
Divulgação/Arquivo Pessoal
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Ainda adolescente, José Sarney mudou-se para a capital São Luís, para dar continuidade aos estudos. Aos 14 anos participava das manifestações que ocorriam no País pedindo a deposição de Getúlio Vargas. Logo se envolveu no movimento estudantil e chegou a ser preso por lutar contra o governo. Leia mais
Divulgação
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Sarney cursou direito e, na faculdade, tornou-se dirigente da UME (União Maranhense dos Estudantes) e representante da UNE (União Nacional dos Estudantes). Logo se envolveu na política e passou a coordenar o comitê eleitoral de um amigo que se candidatou a deputado no Maranhão. Em 1954, se filiou ao antigo PSD (Partido Social Democrático) e foi eleito suplente de deputado federal. Assumiu pela primeira vez uma vaga na Câmara em 1955. Leia mais
Arquivo/07.04.1960/Estadão Conteúdo
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Logo depois, Sarney migrou para a UDN (União Democrática Nacional), partido pelo qual foi eleito duas vezes deputado federal, em 1958 e 1962. Em 1965, aos 35 anos de idade, José Sarney conquista o Palácio dos Leões e se torna governador do Maranhão com mais de 60% dos votos válidos. Leia mais
Arquivo/07.05.1968/ Estadão Conteúdo
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Em maio de 1970, José Sarney renunciou ao governo para disputar uma cadeira no Senado Federal. Sarney foi eleito senador pelo Maranhão, com 236.618 votos, e assumiu o mandato em janeiro de 1971. Em 1978 se reelege senador e um ano depois assume a presidência do Arena (Aliança Renovadora Nacional), que dava sustentação ao regime militar. Leia mais
Divulgação/Arquivo Pessoal
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Em 1980, o senador José Sarney tomou posse como membro da ABL (Academia Brasileira de Letras). Ao longo de sua carreira literária, escreveu contos, crônicas, ensaios e romances, tendo publicado até agora 23 obras. Leia mais
Arquivo/06.11.1980/Estadão Conteúdo
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Em junho de 1984, Sarney criou a Frente Liberal, que posteriormente constituiu a Aliança Democrática com o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). A união resulta na chapa Tancredo Neves/José Sarney para concorrer à Presidência da República. Em janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral se reúne e elege Tancredo Neves presidente e José Sarney vice. Leia mais
Adão Nascimento/ 25.09.1984/Estadão Conteúdo
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A posse de Tancredo Neves estava marcada para 15 de março de 1985. No entanto, um dia antes ele realizou uma cirurgia de emergência e não se recuperou. Tancredo faleceu em 21 de abril e Sarney se tornou o primeiro presidente civil do País depois de 21 anos de ditadura. Leia mais
Divulgação/Arquivo Pessoal
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Em junho de 1985, Sarney enviou mensagem ao Congresso convocando uma Assembleia Nacional Constituinte. Em 1° de fevereiro de 1987, a Constituinte foi instalada, presidida pelo deputado Ulysses Guimarães, do PMDB. Em outubro de 1988, durante o mandato de Sarney, foi promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil, lei suprema do País que ainda está em vigor. Leia mais
Divulgação/Orlando Brito
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O mandato de Sarney foi marcado por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação. Em 1986, ele convoca o seus ministros para reunião e faz o lançamento do Plano Cruzado, um conjunto de medidas econômicas para tentar sanar os problemas e conter a inflação. Leia mais
Sergio Borges/28.02.1986/Estadão Conteúdo
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Durante o governo do presidente Sarney, os preços dos alimentos subiam diariamente, devido à hiperinflação, e a cena de funcionários de supermercado remarcando os preços dos produtos com máquina manual era comum. O plano econômico lançado pelo ministro da Fazenda na época, Dilson Funaro, mudou a moeda do Brasil de Cruzeiro para Cruzado e posteriormente para Cruzado Novo, congelou preços e salários e criou o gatilho salarial. Leia mais
Arquivo/06.11.1988/Estadão Conteúdo
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Um ano depois, em 1987, ele reúne o Conselho de Segurança Nacional e anuncia a moratória da dívida externa, ou seja, a suspensão do pagamento por falta de condições econômicas. Leia mais
Julio Fernandes/20.02.1987/Estadão Conteúdo
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Também em 1987 estoura o primeiro grande escândalo envolvendo a família Sarney. O foco era a ferrovia Norte-Sul, que custaria cerca de US$ 2,5 bilhões. Sarney se considerava o pai do projeto, mas uma denúncia de fraude prejudicou a popularidade do então presidente do País. A licitação do empreendimento não passava de um conluio entre as empresas integrantes de um esquema de corrupção, que combinaram valores entre si. A apuração mostrou que houve fraude, mas nem mesmo os responsáveis foram identificados. Ninguém foi punido. Leia mais
João Pires/26.08.1987/Estadão Conteúdo
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Em fevereiro de 1988, Sarney enfrentou a CPI da Corrupção, que exigiu que os senadores se debruçassem por 11 meses na investigação. Sarney era acusado por nove crimes e ainda havia o pedido de impeachment, mas escapou das punições. Na foto, manifestantes batem panelas e carregam cartazes com a frase "Fora Sarney" no "Dia do Basta" contra o presidente. Leia mais
Joveci C.de Freitas/04.03/1988/Estadão Conteúdo
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No dia 15 de março de 1990, Sarney cumpriu seu último dia como presidente da República e passou a faixa para Fernando Collor. Fora do Palácio do Planalto, uma multidão acompanhava a posse de Collor. Leia mais
Ana Carolina Fernandes/Estadão Conteúdo
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Quatro meses depois de deixar a Presidência, Sarney voltava a concorrer a um cargo político. Foi eleito senador pelo Amapá com 236.618 votos. Sarney foi reeleito mais duas vezes pelo Estado, em 1998 e 2006. Leia mais
Divulgação/Arquivo Pessoal
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Nesse período, foi eleito quatro vezes por seus colegas parlamentares para presidir o Senado Federal: em 1995, 2003, 2009 e 2011. Leia mais
Ricardo Stuckert
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Durante o tempo em que ocupou uma cadeira no Senado, Sarney foi alvo de alguns escândalos. Em 2009, quando ocupava a presidência da Casa pela terceira vez, veio à tona a polêmica dos atos secretos da Casa, com nomeações de parentes e amigos dos senadores (incluindo membros do clã Sarney), criação de cargos e aumento de salários. Todas as denúncias contra o senador acabaram arquivadas no Conselho de Ética do Senado. A Polícia Federal até iniciou uma investigação, que não resultou em nada. Leia mais
Antonio Cruz/18.12.2012/ABr
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Também em 2009, a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, disse que foi chamada no fim de 2008 pelo Palácio do Planalto para se encontrar com a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No encontro, a ministra teria pedido a rápida conclusão de uma investigação da Receita sobre a família Sarney, o que foi interpretado como uma orientação para encerrar o trabalho. Em 2008, Sarney era o preferido do Planalto para ocupar a presidência do Senado. Leia mais
Antonio Cruz/03.07.2012/ABr
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Em seu quarto mandato como presidente do Senado, Sarney comandou as cerimônias de posse da presidente Dilma Rousseff no Congresso e a de Instalação da primeira Sessão Legislativa da 54ª Legislatura, em 2011. Leia mais
Ichiro Guerra/02.02.2011
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José Sarney deixou a presidência da Casa no começo de 2013 e manteve o cargo de senador da República. No lugar dele, Renan Calheiros (PMDB-AL) assumiu como presidente do Congresso. Leia mais
Valter Campanato/Abr
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Logo após deixar a presidência do Senado, Sarney se licenciou do cargo de senador para se dedicar à literatura. A ideia era produzir uma autobiografia com a história de todos esses anos no poder. O livro tinha até título: Boa Noite, Presidente. Sarney já havia antecipado publicamente que não pretendia mais concorrer a cargos políticos quando terminasse o mandato, em 2014. Leia mais
Ricardo Stuckert
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Na família Sarney, a política não se limita ao pai. Roseana Sarney, filha do senador, já foi deputada federal, senadora e governadora do Maranhão, cargo que ocupa atualmente. Na foto, José Sarney e sua filha Roseana Sarney, na época, pré-candidata à reeleição para o governo do Maranhão, participam da convenção nacional do PMDB. Leia mais
Valter Campanato/12.6.2010/ABr
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Sarney Filho é deputado federal do Partido Verde (PV) pelo Maranhão. Em 1997 liderou a criação da Frente Parlamentar Ambientalista para o Desenvolvimento Sustentável e hoje é conselheiro do Conama-MMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente). Leia mais
Antonio Cruz/ABr
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A família Sarney começou a ser formada em julho de 1952, quando José se casou como Marly. Os dois se conheceram ainda na adolescência, quando Sarney tinha 16 anos. Marly tinha 14. A aproximação ocorreu quando a moça convidou Sarney para sua festa de 15 anos. Seis anos depois os dois se casaram. A frágil saúde da mulher é apontada como uma das causas para a aposentadoria de Sarney. Leia mais
Divulgação/Arquivo Pessoal
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Do casamento nasceram três filhos: além de Roseana Sarney e do deputado federal Sarney Filho, tiveram o empresário e engenheiro Fernando Sarney, que nunca ocupou cargo político. Na foto, José Sarney e sua mulher Marly chegam ao casamento da advogada Verônica Serra, filha do político José Serra, na Igreja Nossa Senhora de Fátima em São Paulo, em 2011. Leia mais
Renata Jubran/19.04.2011/Estadão Conteúdo
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Após 60 anos de carreira política, Sarney decide deixar a vida pública. O anúncio será formalizado em convenção regional do PMDB, no Amapá, na próxima semana. Aos 84 anos de idade, o senador comunicou a aliados e à presidente Dilma que não vai se candidatar à reeleição ao Senado. Apesar da doença de sua mulher ser a justificativa oficial, pesquisas regionais apontam que Sarney pode perder a primeira eleição da vida, caso se candidate. Leia mais
Divulgação/Ricardo Stuckert