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Quatro meses após o fim do julgamento dos embargos declatórios do mensalão, os 25 condenados estão em situações diferentes. Até agora, 22 começaram a cumprir pena. Dezenove condenados estão presos, três condenados cumprem pena alternativa e três estão em liberdade. Para 13 réus, o processo está encerrado, sem chance de recurso. Conheça a situação de cada um dos mensaleiros nas próximas fotos
Texto: Kamilla Dourado, do R7, em BrasíliaMontagem/ R7
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Ex-deputado federal pelo Rio, Roberto Jefferson é um dos quatro condenados que ainda não começaram a cumprir a pena. O processo dele foi encerrado no dia 13 de novembro de 2012, mas o presidente do Supremo ainda não expediu seu mandado de prisão. Jefferson, que combateu um câncer no ano passado, pediu para cumprir a pena de sete anos e 14 dias por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em casa, mas teve o pedido negado. Após consulta ao sistema penitenciário do Rio sobre condições para receber o condenado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou detenção em presídio
Reprodução/Rede Record
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O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. João Paulo foi preso nesta terça-feira após expedição de seu mandado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa. O petista recorreu aos embargos infringentes e aguarda análise dos recursos
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O ex-dirigente do PTB Emerson Palmieri foi condenado a quatro anos de prisão em regime aberto por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele começou a cumprir a pena, que foi convertida em pagamento de 150 salários para entidades sociais. Palmieiri também não poderá exercer funções públicas. O processo dele já foi transitado em julgado, portanto, ele não tem mais direito a recursos
Agência Brasil
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Ex-deputado federal pelo PMDB-PR, José Borba foi condenado por corrupção passiva, com pena de dois anos e seis meses, também em regime aberto. Como pena alternativa, ele pagará 300 salários mínimos a entidades sociais e também não poderá exercer funções públicas. Borba também não tem direito a recorrer da pena, que já começou a cumprir
Agência Brasil
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O ex-sócio da corretora Bônus Banval teve a pena de prisão convertida e terá de pagar 300 salários mínimos e prestar 1.200 horas de serviço comunitário. Ele foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro, que prevê três anos e seis meses de prisão em regime aberto. O processo dele também está encerrado
Divulgação
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Breno Fischberg, ex-sócio da corretora Bônus Banval, foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro e teve sua pena de três anos e seis meses, que poderia ser cumprida em regime semiaberto, convertida para o pagamento de multa no valor de 300 salários mínimos e prestação de serviços à comunidade na razão de uma hora de tarefas por dia. Como teve quatro votos favoráveis à sua absolvição por esse crime, ele teve direito aos embargos infringentes e aguarda novo julgamento pelo STF
Celso Junior/Estadão Conteúdo
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O ex-deputado federal do PL (atual PR) Carlos Rodrigues está preso desde o dia 5 de novembro na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele foi condenado pelo crime de lavagem e corrupção passiva em regime semiaberto com pena de 6 anos e 3 meses. Mesmo com direito de poder trabalhar durante o dia, Rodrigues não pediu autorização da Justiça para prestar serviços fora da cadeia. Ele também não tem mais direito a recursos
Agência Brasil
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O ex-deputado federal (PR-SP) Valdemar Costa Neto também está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, desde novembro. O processo dele também está encerrado. Assim que o mandado de prisão foi expedido, ele renunciou ao cargo de deputado. Pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva ele foi condenado a sete anos e dez meses em regime semiaberto, mas também não pediu autorização para trabalho
Agência Brasil
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Condenado a sete anos e dois meses por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o ex-deputado federal (PP-PE) Pedro Corrêa está cumprindo pena no Centro de Ressocialização do Agreste, no município de Canhotinho, em Pernambuco. Como está em regime semiaberto, tem direito a trabalhar durante o dia e agora aguarda autorização para prestar serviço fora da cadeia. Ele também não tem mais direito a recursos
Divulgação
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Condenado a seis anos e dois meses por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, Rogério Tolentino, ex-advogado do operador do mensalão, Marcos Valério, está preso em Belo Horizonte desde 12 de dezembro. Em regime semiaberto e sem direito a recursos, Tolentino ainda não protocolou pedido de trabalho
Divulgação
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O operador do esquema, Marcos Valério, foi preso em 15 de novembro, em Belo Horizonte, e depois transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília e agora aguarda autorização para retornar ao Estado de origem. Ele foi condenado a 40 anos, 4 meses e 6 dias por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Valério recorreu aos embargos infringentes e pode ter a pena reduzida
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José Roberto Salgado está preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG). O presídio é o mesmo em que o goleiro Bruno Fernandes está detido. O ex-vice-presidente do Banco Rural cumpre, em regime fechado, sua pena de 16 anos e 8 meses. Ele aguarda julgamento dos infringentes para dois crimes e pode ter a pena diminuída
FREDERICO HAIKAL/HOJE EM DIA/16.11.2013/ESTADÃO CONTEÚDO
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O ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, fugiu do País antes de ser levado à prisão. Procurado pela Interpol, ele foi preso na Itália no dia 5 de fevereiro. Em carta, Pizzolato afirmou que foi buscar um "julgamento justo" na Itália. Aqui no Brasil ele não tem mais direito a recursos pelos crimes que cometeu: lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. A pena é de 12 anos e 7 meses de prisão, que seriam cumpridos em regime fechado
Agência Brasil
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O ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG) está preso pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva com pena de seis anos e seis meses de prisão em regime semiaberto. Ele está preso na Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves (MG), e já conseguiu autorização para trabalhar. Queiroz deve trabalhar na própria empresa. Ele não tem mais direito a recursos
FREDERICO HAIKAL/HOJE EM DIA/16.11.2013/ESTADÃO CONTEÚDO
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Ramon Hollerbach foi detido na primeira leva de prisões determinadas pelo ministro Joaquim Barbosa, em novembro. O ex-sócio de Marcos Valério foi condenado a 29 anos, 7 meses e 20 dias de prisão, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele cumpre pena em regime fechado na Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde aguarda análise dos embargos infringentes
FREDERICO HAIKAL/HOJE EM DIA/16.11.2013/ESTADÃO CONTEÚDO
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Outro ex-sócio de Valério, Cristiano de Mello Paz desistiu de transferência para Minas Gerais e continua preso em Brasília, onde está desde novembro. Em regime fechado, ele cumpre pena de 25 anos, 11 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Paz também aguarda julgamento de embargos infringentes
FREDERICO HAIKAL/HOJE EM DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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O ex-presidente do PT José Genoino permanece em prisão domiciliar, em Brasília. Ele ganhou direito ao benefício depois de passar mal na Penitenciária da Papuda e ser transferido para o ICDF (Instituto de Cardiologia do DF). De lá, ele foi transferido para a casa da filha e já mudou de endereço outras duas vezes e pode voltar para cadeia. O ex-presidente do PT recorreu aos embargos infringentes pelo crime de formação de quadrilha com pena de dois anos e três meses. Ao todo, Genoino foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão, em regime semiaberto
ALEX SILVA/15.11.2013/ESTADÃO CONTEÚDO
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Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, também está preso em Brasília. Cumprindo pena de seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, ele recebeu autorização para trabalhar na CUT (Central Única dos Trabalhadores) na assessoria da direção nacional do órgão. O período de trabalho é das 8h às 18h com salário de R$ 4.500. Delúbio agora aguarda análise dos embargos infringentes
ADRIANO MACHADO/23.05.2006/ESTADÃO CONTEÚDO
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O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu está preso desde 15 de novembro na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão, ele aguarda autorização da Justiça para trabalhar na biblioteca de um escritório de advocacia. É a segunda proposta que Dirceu recebe, a primeira foi rejeitada depois de denúncias de que o hotel onde ele iria trabalhar tinha um "laranja" como principal acionário. Dirceu pode ir para o regime fechado se o recurso que ele apresentou ao Supremo for rejeitado
ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO
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O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva a pena de cinco anos, em regime semiaberto, e não pode mais recorrer. Lamas foi autorizado a trabalhar durante o dia, como assistente-administrativo, em uma empresa de engenharia. Pelo trabalho, ele receberá salário de R$ 1.250, vale-transporte e vale-refeição
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A ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello foi transferida no início de dezembro para um presídio em Minas Gerais. Condenada no julgamento do processo do mensalão a 16 anos e 8 meses de prisão, ela está em regime fechado. Kátia recorreu ao Supremo para redução da pena pelo crime de formação de quadrilha
Ed Ferreira/19.11.2013/Estadão Conteúdo
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Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério, foi condenada a 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado. Assim como Kátia Rabello, ela cumpre pena em Minas Gerais e recorreu ao Supremo para ter a pena diminuída. Entre os crimes pelo qual foi condenada, estão formação de quadrilha e evasão de divisas
Ed Ferreira/19.11.2013/Estadão Conteúdo
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O ex-dirigente do Banco Rural Vinicius Samarane está preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Ele está em regime fechado condenado a oito anos e nove meses pelos crimes de lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta. Samarane foi preso no dia 15 de novembro e não tem mais direito a recursos
Ed Ferreira/Estadão
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O ex-deputado federal (PP-MT) Pedro Henry foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva e cumpre pena de sete anos e dois meses. Henry foi autorizado pela Justiça a trabalhar em um hospital de Cuiabá, cidade onde está preso. Pelos trabalhos prestados, ele vai receber salário de R$ 7.500 para trabalhar das 7h às 17h. Ele não tem direito a recursos
Dida Sampaio/ Estadão
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O ex-assessor do PP João Claúdio Genu também está em liberdade. Ele teve sua pena reduzida na fase do julgamento dos embargos declaratórios de cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro para quatro anos de prisão. Com a nova pena, o réu poderá ser beneficiado com a conversão da pena de prisão pela prestação de serviços à comunidade. Ele recorreu aos embargos infringentes que, se forem aceitos, podem absolvê-lo
Agência Brasil