Manifestante protesta nesta quinta-feira (17) contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral na sede da Polícia Federal na capital fluminense, na zona portuária. O peemedebista foi alvo de dois mandados de prisão nesta quinta — Cabral é acusado de receber propina de obras da Petrobras e do Estado do Rio durante seus dois mandatos, como a reforma do Maracanã e as obras do Arco Metropolitano
CLARISSA THOMÉ/ESTADÃO CONTEÚDO
A mulher de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, foi conduzida coercitivamente para prestar depoimento na sede da Polícia Federal, na zona portuária do Rio
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-governador cobrava mesada mensal de até R$ 500 mil das empreiteiras beneficiadas no esquema de acerto de licitações e de desvio de verbas de obras de infraestrutura do Estado durante seus dois mandatos, de 2007 a 2014, segundo o MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro, integrante da força-tarefa da Lava Jato
Durante a saída do ex-governador do prédio onde mora, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, teve empurra-empurra e a população tentou chegar até o carro onde ele estava sendo transportado
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Pedestres se reuniram em frente à casa de Cabral, no Leblon, para acompanhar a ação da PF
Kevin David/17.11.2016/A7 Press/Estadão Conteúdo
Agentes federais chegaram à casa de Cabral por volta das 6h
Kevin David/17.11.2016/A7 Press/Estadão Conteúdo
O ex-governador é suspeito de participar de um esquema que gerou um prejuízo estimado de R$ 220 milhões aos cofres públicos
Kevin David/17.11.2016/A7 Press/Estadão Conteúdo
Homem dá tapas em carro da PF que saiu do prédio do ex-governador com ele preso
Kevin David/17.11.2016/A7 Press/Estadão Conteúdo
Algumas pessoas chegaram a bater no carro. Para conter a população, a polícia precisou intervir
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Após deixar a sede da PF, o ex-governador passou pelo IML
(Instituto Médico Legal) para fazer exame de corpo delito e seguiu para o
complexo de Bangu. No caminho, a viatura que conduzia o peemedebista enfrentou
congestionamento
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O tráfego fez com que um grupo de manifestantes se reunisse
para hostilizar o peemedebista e aplaudir a ação da PF
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O juiz federal Sérgio Moro decretou o bloqueio de R$ 10 milhões do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e de outros 11 investigados, inclusive a mulher do peemedebista, Adriana de Lourdes Ancelmo, e do escritório de advocacia dela, o Ancelmo Advogados. A decisão de Moro é relativa exclusivamente a investigação de sua alçada, aberta contra Sérgio Cabral, que teria recebido propinas de R$ 2,7 milhões em obras da Petrobras — no caso o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio)
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Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro
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Ele e outras pessoas são suspeitos de receber propina em troca da concessão de obras públicas
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Exemplos seriam a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano
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A propina cobrada pelo ex-governador Cabral das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, investigadas na Operação Lava Jato, bancou eletrodomésticos, minibugues e até vestidos de festa para a então primeira-dama Adriana Ancelmo, segundo informaram os procuradores do MPF (Ministério Público Federal)