Inquérito contra Aécio Neves foi arquivado
Waldemir Barreto/Agência Senado - 4.4.2017Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o arquivamento de do inquérito para investigar o suposto envolvimento de Aécio Neves (PSDB-MG) em Furnas, subsidiária da Eletrobras em Minas Gerais.
A investigação sobre o senador era um desdobramento da Operação Lava Jato.
Na decisão, Gilmar Mendes diz que “o Delegado de Polícia Federal Álex Levi Bersan de Rezende concluiu as investigações, representando pelo arquivamento do inquérito, em vista da falta de prova da existência dos delitos”.
Ainda de acordo com o ministro, “A PGR (Procuradoria-Geral da República) reteve os autos por mais de dois meses, de 18.8 a 27.10.2017, devolvendo-os sem manifestação conclusiva.”
O inquérito foi aberto em 2016, a pedido do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, para apurar a responsabilidade de Aécio para crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, por meio de supostas vantagens indevidas recebidas por empresas contratadas por Furnas Centrais Elétricas S.A.
De acordo com a denúncia, “os recursos ilícitos seriam branqueados por meio de pessoas jurídicas ligadas à irmã do parlamentar, bem como pelo envio a contas no exterior, utilizando o serviço de doleiros.”
Alberto Zacharias Toron, advogado de Aécio Neves, enviou uma nota à imprensa sobre a decisão de Gilmar Mendes.
"A decisão do STF confirmou a conclusão que já havia sido alcançada pela Polícia Federal há mais de 10 meses, no sentido de que, passados mais de 2 anos de investigação e realização de inúmeras diligências, nenhuma ilegalidade envolvendo o senador Aécio Neves foi encontrada".