Caminhoneiros bloqueiam Régis Bittencourt, na altura de Embu das Artes (SP)
FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO - 25.05.2018Diante da proporção que está tomando a paralisação dos caminhoneiros, com bloqueio de estradas e desabastecimento de combustível e alimentos, o governo decidiu endurecer nesta sexta-feira (25) a reação ao movimento.
Segundo apurou o "Estadão/Broadcast", já está autorizado o uso das Forças Armadas para a desobstrução das estradas. O presidente Michel Temer deve fazer um pronunciamento a qualquer momento para falar sobre a greve e fazer uma avaliação da situação.
A Polícia Federal vai investigar a possibilidade de locaute — participação dos patrões — na paralisação dos caminhoneiros, que entrou nesta sexta no quinto dia, apesar do acordo firmado na noite de quinta-feira (24).
Mesmo com a proposta do governo de compensar as perdas de caixa da Petrobras — subvenções bancadas pelo Tesouro Nacional manterão o preço do diesel estável para os distribuidores —, o que se constata nesta sexta é a ampliação dos pontos de retenção das estradas e não a redução do movimento, como esperava o governo federal.
Locaute é caracterizado quando empresários de um setor contribuem, incentivam ou orientam a paralisação de seus empregados. Ou seja, quando uma greve liderada pelos patrões, com o intuito de obter benefícios para o setor, o que é proibido por lei.
A avaliação do próprio governo é de que o Planalto subestimou a proporção que a mobilização poderia tomar, um erro do sistema de inteligência, que é comandado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
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