O ministro Teori Zavascki lê a Constituição em sessão do STF
Fellipe Sampaio/SCO/STFRelator da Lava Jato, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki tem um perfil discreto: não costuma dar entrevistas ou antecipar o que pensa a respeito dos processos em que atua.
Sua discrição ofusca também do grande público sua paixão pelo futebol. Gremista roxo, ele foi conselheiro do clube por mais de uma década e chegou a dividir um escritório de advocacia com Paulo Odone, ex-presidente do clube e ex-deputado federal pelo PPS.
Para chegar ao STF, o ministro teve em sua trajetória o apoio de petistas e tucanos.
Especialista em direito civil e tributário, Teori foi nomeado para uma cadeira na mais alta corte brasileira pela presidente Dilma Rousseff no final de 2012. Ele assumiu o lugar do ministro Cezar Peluso, que havia se aposentou ao completar 70 anos.
Antes, atuava desde 2003 no STJ (Superior Tribunal de Justiça), cargo para o qual foi indicado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
Desde a década de 1990, ele exercia o cargo de desembargador TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com sede na cidade de Porto Alegre. Chegou a ser presidente do órgão, responsável pela segunda instância da Justiça Federal dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Descendente de poloneses e italianos, Teori nasceu em 1948 em Faxinal dos Guedes, em Santa Catarina, e estudou em seminário em Chapecó, a menos de 100 quilômetros de sua cidade natal. Formou-se em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1971.
Em 1976, passou a advogar para o Banco Central. Três anos depois, chegou a ser aprovado em concurso para juiz federal, mas não assumiu o posto, seguindo no BC até 1989, quando finalmente entrou para a magistratura no TRF-4.