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Guedes se irrita e diz que 'padrão da Casa é baixaria depois das 18h'

Ministro se irritou com um pedido de explicações da deputada Perpétua de Almeida sobre investigação relacionada a fraudes em fundos de pensão

Brasil|

O ministro da Economia, Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes O ministro da Economia, Paulo Guedes

Depois de mais de quase cinco horas de um debate morno, o ministro da Economia, Paulo Guedes, elevou o tom ao responder a deputados de oposição na Comissão Especial da reforma da Previdência.

Guedes se irritou com perguntas feitas pelos parlamentares, entre elas um pedido de explicações pela deputada Perpétua de Almeida (PcdoB-AC) sobre investigação contra o ministro relacionada a fraudes em fundos de pensão.

"O padrão da Casa é baixaria depois das 18 horas, já estou entendendo", afirmou. "Não posso ser acusado do que vários companheiros da deputada estão sendo acusados."

Leia também: Como a Reforma da Previdência deve afetar as mulheres?

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O ministro chegou a dizer que, depois das 18h a escalada fica mais pessoal, mas que não reagiria a "ameaças e ofensas". Mas emendou logo em seguida: "O deputado José Guimarães [PT-BA] se 'googlar' dinheiro na cueca, vai aparecer alguma coisa", numa referência a um episódio em que um assessor do deputado foi detido com dólares na cueca .

Em sua fala, Guimarães, que é vice-líder da minoria, tinha dito que o governo não tinha autoridade para falar em ajuste fiscal porque o déficit primário aumentou desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

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As respostas de Guedes irritaram a oposição, que chegou a exigir um pedido de desculpas, e desencadeou um bate-boca entre os parlamentares. Vários chegaram a se levantar e o presidente da comissão, Marcelo Ramos, teve que intervir quase aos gritos, pedindo calma aos deputados e ao ministro. "Vossa excelência, Paulo Guedes, sai maior daqui quanto mais enfrentar o problema da reforma da Previdência", afirmou.

Antes do bate-boca, Guedes chegou a dizer que o governo anterior ficou "boiando dentro do caos" sem conseguir fazer as reformas. Ele defendeu a aprovação da reforma da Previdência com economia de R$ 1 trilhão em 10 anos, e disse que, se os parlamentares de oposição querem falar em solidariedade com os contemporâneos e as gerações futuras, devem "pôr a mão no bolso". "Dizer que é solidário quebrando tudo é irresponsabilidade fiscal", completou.

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Pediu desculpas

Após o embate, Guedes recolheu a artilharia e fez um pedido público de desculpas ao deputado José Guimarães, que disse talvez ser um dos poucos no plenário sem processo em curso no STF (Supremo Tribunal Federal) e lembrou que foi inocentado no caso dos dólares na cueca. "O senhor deveria ter mais zelo pelo cargo de ministro. Reflita sobre isso, o senhor é ministro", disse a Guedes.

O ministro, então, afirmou que fazia questão de pedir publicamente desculpas ao parlamentar. Ele reconheceu que acabou desrespeitando Guimarães ao reagir a outra deputada. "Respeito quem é respeitoso. Fui desrespeitado por outra pessoa, não foi o senhor. Peço desculpas", comentou.

Antes da confusão, Guedes disse que o governo está pedindo uma "licença" para criar o regime de capitalização, mas ressaltou que as regras de funcionamento ainda serão avaliadas pelo Congresso.

O ministro também apontou que o governo vai fazer a reforma tributária também, mas há uma ordem de propostas mais urgentes — a Previdência está no topo da lista. "Estamos pagando o preço (de uma reforma robusta). Poderíamos deixar para outros governos", afirmou.

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