Henrique Pizzolato chega à Penitenciária da Papuda em Brasília
Ex-diretor do Banco do Brasil fez exames no IML antes de ser transferido para o complexo
Brasil|Do R7
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato chegou por volta das 10h30 da manhã desta sexta-feira (23) ao Complexo Penitenciário da Papuda em Brasília. Antes de chegar ao presídio, onde José Dirceu e outros condenados pelo mensalão já cumpriram pena, Pizzolato fez exames no IML (Instituto Médico Legal). O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil chegou à capital federal às 9h30 em um avião da PF (Polícia Federal).
Um comboio da Polícia Federal, com três viaturas descaracterizadas, levou Pizzolato durante os deslocamentos em Brasília em um dos automóveis blindados.
Na Papuda, Pizzolato irá ocupar uma cela do Bloco 5, mesmo local onde foram encarcerados outros condenados da Ação Penal 470, como o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o ex-deputado federal pelo PT, José Genoíno. Eles não estão mais presos no regime fechado.
Pizzolato é vaiado e xingado em voo
Volta de Pizzolato encerra mensalão
Pelo menos 12 agentes da PF, incluindo um médico e um delegado, acompanharam o trajeto do condenado em Brasília. No início da manhã, Henrique Pizzolato desembarcou em voo comercial no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
A chegada ao Brasil do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil encerra um capítulo na história da fuga de um dos condenados no processo do mensalão, que envolveu também vários recursos judiciais e tentativas do governo brasileiro de trazê-lo de volta ao Brasil.
Condenação e prisão
Em agosto de 2012, Pizzolato foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Em novembro de 2013, por ter dupla cidadania, ele fugiu para a Itália com o passaporte falso de um irmão morto para evitar ser preso no Brasil.
Em 18 de novembro, o nome dele foi incluído na lista de procurados internacionais, conhecida como difusão vermelha, da Interpol.
Três meses depois, a Polícia Federal, em conjunto com a polícia italiana, localizou-o no norte do país. No dia 5 de fevereiro de 2014, ele foi preso em Maranello por porte de documento falso. Ele estava escondido na casa de um sobrinho.
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O ex-diretor do Banco do Brasil chegou a ser solto em outubro de 2014 pela Justiça da Itália. Em fevereiro deste ano, após recurso apresentado pelo Brasil, finalmente a extradição foi autorizada e Pizzolato retornou à prisão. No dia 24 de abril, a Justiça daquele país reafirmou a decisão de extraditá-lo ao Brasil.
No dia 22 de setembro, após novo recurso apresentado pela defesa do brasileiro, o Conselho de Estado italiano considerou que o Brasil reuniu informações consistentes e suficientes a respeito das condições para o cumprimento da sentença.