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'Incompatível com valores culturais’, diz Instituto do Patrimônio sobre condomínio em Salvador

Suposta pressão para liberar obra motivou saída de ministro da cultura

Brasil|

Ministro Geddel (esq) teria pressionado o então ministro da cultura Marcelo Calero para liberar obra em Salvador
Ministro Geddel (esq) teria pressionado o então ministro da cultura Marcelo Calero para liberar obra em Salvador Ministro Geddel (esq) teria pressionado o então ministro da cultura Marcelo Calero para liberar obra em Salvador

Dois dias antes de o agora ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pedir demissão, a presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Kátia Bogéa, determinou o embargo das obras do condomínio La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador.

O despacho de Kátia Bogéa leva em conta parecer técnico da Câmara de Análise de Recursos do Iphan, que, segundo ela, é "contundente" ao afirmar que é "grande e prejudicial o possível impacto da construção do empreendimento sobre bens tombados em seu entorno".

Ainda conforme o despacho da presidente do Iphan, o parecer técnico afirma "de modo incontestável", que a construção do La Vue é "incompatível com os valores culturais atribuídos a estes bens".

Entre os imóveis tombados no entorno do edifício estão a igreja de Santo Antonio da Barra, o outeiro de Santo Antonio e o forte Santa Maria.

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"Claramente um caso de corrupção", diz Calero sobre pressão de Geddel

O terreno onde se localiza a obra do Le Vue fica a poucos metros da praia e do farol da Barra, um dos mais conhecidos cartões postais de Salvador. Segundo o site do empreendimento, se trata de uma torre com 24 apartamentos de 259 metros quadrados cada, um por andar, com cobertura "top house" 450 metros quadrados, "piscina com raia e deck molhado, espaço gourmet, fitness, sauna massagem, sala de jogos, brinquedoteca, quadra, parque infantil".

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O Iphan quer impor um limite de 13 andares para a obra. O despacho de Kátia Bogéa revoga decisão anterior do Iphan da Bahia que liberava a obra em sua totalidade.

O presidente da associação de moradores e amigos do bairro da Barra, Watson Raylan, imagina a realização do que prevê a maquete do empreendimento. "Quem quer ver prédio vai a Nova York. Quem vem a esta região quer ver é o Porto da Barra", afirmou.

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O La Vue foi assunto de reunião da associação, que se posiciona contra a construção do prédio com gabarito acima do limite imposto pelo Iphan. "Além de alterar a paisagem tombada, o prédio significa outros impactos, como no trânsito local", disse Raylan.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja o prédio de luxo que motivou acusação contra Geddel:

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