O Ministério Público de São Paulo investiga a Construtora MRV por construir um conjunto de prédios em uma área contaminada em Mauá, na Grande São Paulo.
São seis blocos que estão sendo construídos em terreno de quase 16 mil metros quadrados, que foi utilizado por décadas como uma área de descarte de todo tipo de lixo.
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Há ainda denúncias de que a terra contaminada, retirada durante a obra, teria sido despejada em uma área de proteção ambiental que pertence à Prefeitura de Mauá.
Na cidade vizinha, em Santo André, um outro prédio construído pela empresa foi erguido em uma área onde funcionava uma empresa de coleta de lixo, e o local é considerado uma área contaminadas com risco para os moradores.
A construtora também é investigada em outros estados por danos ambientais. Há casos investigados no Mato Grosso, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Em Cuiabá, a MRV foi condenada a pagar multa de R$ 4 milhões, porque aterrou uma nascente e destruiu a vegetação de uma área de preservação ambiental.
Em Maricá, no Rio de Janeiro, um engenheiro da construtora foi preso no ano passado, pois a construtora entregou um empreendimento, onde moram duas mil pessoas, em que o esgoto era jogado no rio sem tratamento.
Em Belo Horizonte, a MRV é investigada também pelo MP mineiro por destruir trechos de Mata Atlântica para a construção da Arena MRV, do Atlético Mineiro.
Procurada pela Record TV, a MRV não se manifestou. A Prefeitura de Mauá informou que vai apurar a denúncia sobre os empreendimentos da empresa e a Prefeitura de Santo André também não respondeu aos questionamentos da reportagem.