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Movimento contra extradição de Pizzolato ganha força no parlamento italiano

Condição das prisões nacionais é principal argumento usado conta a extradição

Brasil|Da Ansa

Pizzolaro é condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro
Pizzolaro é condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro

Mais de 20 parlamentares italianos se juntaram ao movimento iniciado pelos senadores Cecilia Guerra e Luigi Manconi para tentar evitar a extradição do ex-diretor de marketing do BB (Banco do Brasil) Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de cadeia no processo do mensalão.

A maioria esmagadora do grupo é formada por senadores do centro-esquerdista PD (Partido Democrático), o mesmo do premier Matteo Renzi e do ministro da Justiça Andrea Orlando, a quem eles apelam para revogar a expulsão do brasileiro.

O movimento em defesa de Pizzolato foi lançado na última terça-feira (16), em uma coletiva de imprensa de Guerra e Manconi. Este último é presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado da Itália e alega que a condição das prisões no Brasil é "desumana".

Extradição de Pizzolato é suspensa pela segunda vez


Segundo Manconi, não há garantias de que o ex-diretor do BB terá um tratamento digno nas penitenciárias de seu País se for extraditado. Orlando já havia autorizado a expulsão, mas o processo foi interrompido graças a um recurso do mensaleiro ao Conselho de Estado, principal instância da Justiça administrativa italiana.

O órgão é a última chance que Pizzolato tem de se livrar de voltar ao Brasil e dará seu veredicto sobre o caso no próximo dia 23 de junho. O ex-diretor do BB foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Após a sentença, ele fugiu para a Itália, onde foi preso por portar documentos falsos. Desde fevereiro de 2014, Brasília tenta extraditá-lo para que cumpra pena no País.

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