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Na volta da folga, Dilma terá que lidar com disputa de aliados por cargos do 2º escalão

Presidente descansa em Aratu (BA) até a próxima quarta-feira (7), quando retorna a Brasília

Brasil|

Presidente também deverá se esforçar para impedir a reinstalação da CPI da Petrobras no Congresso Nacional
Presidente também deverá se esforçar para impedir a reinstalação da CPI da Petrobras no Congresso Nacional Presidente também deverá se esforçar para impedir a reinstalação da CPI da Petrobras no Congresso Nacional

Ao retornar do descanso na Bahia, na quarta-feira (7), a presidente Dilma Rousseff terá pela frente nós a desatar. Na política, terá de resolver a disputa entre aliados por cargos do segundo escalão, anunciar os novos titulares dos bancos públicos e articular a base para impedir a reinstalação da CPI da Petrobras.

Na economia, o desafio é aprovar o Orçamento de 2015 no Congresso e fazer o ajuste das contas sem sacrificar programas sociais. É uma equação difícil que já teve seu primeiro incidente neste fim de semana. Dilma mandou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, desmentir que a regra de correção do salário mínimo mudaria.

Continuando a formação da equipe, Dilma deve nomear a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior (PT) para a presidência da Caixa Econômica Federal nos próximos dias. Paulo Caffarelli, que era secretário-executivo do Ministério da Fazenda, é o mais cotado para comandar o Banco do Brasil.

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A dúvida ainda reside nos nomes que substituirão Arno Augustin no Tesouro Nacional e Luciano Coutinho na presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Além de novos nomes, Dilma trabalha também num rearranjo operacional do governo. Numa tentativa de melhorar a costura política, a coordenação do governo terá agora a participação do novo ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT).

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— O fato de eu estar no Ministério da Defesa não me impede de ajudar a presidente em outras áreas, quando for requisitado.

A ideia da presidente é retomar as reuniões semanais de seu "núcleo duro" para discutir os rumos da gestão. Além de Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Wagner, os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), Pepe Vargas (Relações Institucionais) e José Eduardo Cardozo (Justiça) comporão a coordenação de governo, ao lado do vice-presidente Michel Temer.

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Rossetto explicou que "há uma clara orientação da presidente para ampliarmos o diálogo com os líderes dos partidos, os movimentos sociais, os empresários e todas as representações da sociedade".

— O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social terá papel fundamental nessa agenda de mudanças e reformas.

Rossetto não quis comentar a ameaça da oposição de criar uma nova CPI da Petrobras.

— Isso é com o Pepe Vargas.

Ele destacou, porém, que os discursos de Dilma "encerram definitivamente" as especulações sobre o futuro da Petrobras. Na cerimônia de posse para o segundo mandato, semana passada, a presidente afirmou que defenderá a estatal de "predadores internos e inimigos externos".

A Petrobras precisa publicar seu balanço ainda neste mês, sob pena de enfrentar o vencimento antecipado de contratos de financiamento. A expectativa é de que os novos números já saiam depurados das irregularidades investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Comunicação

Dilma está convencida de que precisa melhorar a comunicação do governo. No fim do ano passado, ela ficou impressionada com o resultado de uma pesquisa mostrando que quase 70% dos estudantes do ProUni eram contra o Bolsa Família. Além disso, a maioria dos integrantes da nova classe média também acha que suas conquistas são fruto de esforço próprio, e não da ação do governo.

Apesar da "trombada" com Nelson Barbosa a respeito do mínimo, os debates internos sobre o ajuste fiscal deste ano deverão prosseguir nesta semana. O governo prepara medidas para aumentar a arrecadação.

Pelo lado das despesas, a previsão é de que seja necessário contingenciar gastos num montante próximo a R$ 65 bilhões. O valor, porém, só será determinado depois que o Congresso aprovar o Orçamento de 2015.

Antes de viajar para a Base Naval de Aratu, onde está descansando, Dilma comparou o Brasil de 2015 a um navio que vai enfrentar um "mar com ondas".

Ela previu que o governo enfrentará obstáculos, mas se mostrou confiante que a embarcação "não afundará". A imagem foi usada pela primeira vez por ela em dezembro, em coquetel com a equipe do primeiro mandato, e repetida a amigos na quinta-feira, dia da posse.

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