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Partido focado em segurança pública ganha força e pode concorrer em 2014

Policiais e cientistas políticos são grande parte da cúpula do PSPC

Brasil|Alexandre Saconi, do R7

Após ser reacendido o debate em torno redução da maioridade penal, atuação das polícias, entre outros temas, um partido está próximo de ser registrado pensando, quase com exclusividade, na segurança pública e na cidadania. O PSPC (Partido da Segurança Pública e Cidadania) foi planejado em 2007, mas só agora em 2013 está prestes a completar o total de assinaturas necessárias para concorrer às Eleições.

Com os pilares segurança pública, educação e saúde, o partido quer valorizar o que seus membros acreditam ter sido deixado de lado, segundo Júlio Neto, presidente da executiva municipal do PSPC em São Paulo.

— Verificamos que a ideia não era defender apenas um segmento, mas sim os segmentos que estavam abandonados pelo governo. Seriam estes a segurança pública, educação e saúde. Chamamos estes de tripé da sociedade, pois, sem eles, ela não funciona. E, hoje, a sociedade tem deixado de funcionar porque isto está faltando.

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Neto critica os problemas estruturais dos aparelhos públicos relacionados a estas áreas para justificar a criação do partido e negar a visão de serem de uma causa única. Na área da educação, por exemplo, Júlio faz críticas pessoais ao atual sistema de aprovação automática. O partidário diz que é difícil um jovem hoje ter o mesmo conhecimento que se tinha na escola há 30 anos.

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Júlio Neto é sargento reformado da Polícia Militar. O fundador do partido, Edivaldo de Farias, é capitão da Polícia Militar do Distrito Federal. A cúpula nacional do partido tem a forte presença de integrantes de forças policiais e de acadêmicos. Questionado sobre a possível falta de experiência política de seus componentes, Neto descarta que isso seja um problema.

— Nós não temos nenhum político profissional no partido.

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A possibilidade de coligações também é outro ponto polêmico discutido entre os membros do partido. A maioria se posiciona contra, segundo Júlio Neto.

— O tempo [ganho pela coligação] é excelente para você fazer campanha. Mas você trazer alguém para te dar tempo na TV, e, simultaneamente, ele te fazer perder tempo fazendo besteiras, você começa a perder os eleitores.

Plataforma e registro

Segundo a coordenação, o partido está presente em 16 Estados. O CNPJ foi registrado em 2011 e falta menos de 10% do total de assinaturas necessárias para que ganhe o registro definitivo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Para defender o "tripé" saúde, educação e segurança pública, o PSPC agrega em sua maioria professores, policiais, estudantes, médicos, profissionais de saúde e donas de casa.

A intenção da executiva nacional do partido é concorrer a cargos majoritários já em 2014. Para isso, deve concluir o registro junto ao TSE até o mês de outubro.

Sopa de letrinhas

Segundo o professor Valeriano Costa, cientista político da Unicamp, a criação de novos partidos não dificulta o jogo político no Brasil. Isto porque o brasileiro não escolhe o partido, mas sim o candidato.

— Às vezes, o candidato muda de partido, e seu eleitor nem sabe.

Em poucos casos a pessoa vota especificamente no partido. O PT é um desses exemplos.

— O PT vota no PT pelo PT, mas isso é minoritário. A maioria dos eleitores vota no candidato, e não no partido.

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