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PF busca suspeitos de fraudar e receber propina em obras da Ferrovia Norte-Sul

Desdobramento da Lava Jato cumpre 58 mandados em nove Estados. Fraude supera R$ 631 mi

Brasil|Do R7

Prejuízos aos cofres públicos com corrupção no trecho da Ferrovia Norte-Sul em Goiás supera a marca de R$ 631,5 milhões, diz PF
Prejuízos aos cofres públicos com corrupção no trecho da Ferrovia Norte-Sul em Goiás supera a marca de R$ 631,5 milhões, diz PF Prejuízos aos cofres públicos com corrupção no trecho da Ferrovia Norte-Sul em Goiás supera a marca de R$ 631,5 milhões, diz PF

A PF (Polícia Federal) de Goiás, em parceria com o MPF (Ministério Público Federal) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), realizou nesta quinta-feira (30) a Operação Tabela Periódica para cumprir 44 mandados de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva em oito Estados e no Distrito Federal.

A ação procura suspeitos de peculato, fraudar licitações, acertar cartel, lavar dinheiro e pagar propina com dinheiro desviado da Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Integração Oeste-Leste. Ao todo, a fraude supera a marca de R$ 631,5 milhões.

Esse valor, porém, pode subir, porque, segundo a PF, considera apenas trechos executados na construção da Ferrovia Norte-Sul, no âmbito de Goiás — portanto, sem contar os demais trechos da obra situados nos outros Estados.

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Executivos de grandes empreiteiras são procurados para explicar supostos repasses ilegais a ex-diretores da Valec (estatal responsável pelas ferrovias do País). 

A Operação Tabela Periódica é um desdobramento da Operação Lava Jato e da Operação O Recebedor, da PF e do MPF. A Tabela Periódica foi possível graças ao acordo de leniência (entrega de informações à Justiça em troca de uma pena mais branda) que a Camargo Corrêa fechou com o Cade, com o aval do MPF de Goiás.

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A Camargo Corrêa e seus executivos fecharam confessaram o cartel entre as empreiteiras, as fraudes em licitações, a lavagem de dinheiro e a prática de corrupção em contratos com a Valec. Entregaram, inclusive, documentos que comprovavam esses crimes e concordaram em devolver R$ 75 milhões de dinheiro ilegal aos cofres públicos.

Ao todo, um procurador da República, cerca de 200 policiais federais, 26 peritos criminais federais e 52 agentes do Cade participam da operação. Os alvos são empresas e pessoas físicas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Ceará, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Espírito Santo, além do Distrito Federal.

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Os mandados foram expedidos pelo juiz substituto da 11ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

O nome Tabela Periódica se refere ao nome que alguns dos próprios investigados deram a uma planilha de controle em que desenhavam o mapa do cartel (e cuja aparência lembrava a Tabela Periódica).

O documento continha dados como a relação das licitações, a divisão combinada dos lotes, os números dos contratos, os nomes das empreiteiras ou consórcios que seriam vencedores, valores dos orçamentos da Valec, preços combinados, propostas de cobertura apresentadas apenas para dar aparência de competição e simulação de descontos a serem concedidos.

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