A PF (Polícia Federal) iniciou na manhã desta sexta-feira (14) operação para investigar uma possível fraude na concorrência internacional para a construção da Arena Pernambuco. Denominada de Fair Play, a operação investiga superfaturamento estimado em quase R$ 43 milhões na construção do estádio da Copa.
O contrato foi celebrado pelo governo de Pernambuco durante a gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e uma sociedade anônima, formada por várias empresas. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, os policiais cumprem mandados nos endereços da Odebrecht e do escritório de parceria público-privada de Pernambuco.
A Odebrecht é responsável pela construção de quatro estádios da Copa. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nos Estados de Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, bem como na residência de dois sócios.
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Uma das empresas foi autorizada a elaborar o projeto básico do edital de concorrência, sem licitação ou edital de chamamento. O projeto básico foi produzido sem disponibilizar todas as informações, sem justificativa dos custos adotados, com exigência de atestados técnicos exorbitantes e com prazo exíguo de análise para as demais concorrentes, entre outros elementos, com o objetivo de evitar a concorrência com outras empresas.
O nome Fair Play vem da expressão utilizada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, durante a abertura da Copa das Confederações. No momento, Blatter pediu que os jogadores tivessem fair-play, que é uma conduta de respeito, durante a partida.