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Presidente da Siemens deve voltar à CPI do Transporte Coletivo na Câmara de São Paulo

Paulo Fiorilo (PT) sugere ressarcimento dos cofres públicos antes da conclusão do processo

Brasil|Do R7

Paulo Ricardo Stark, presidente da Siemens, deverá voltar à Câmara de São Paulo para prestar esclarecimentos na CPI dos Transportes
Paulo Ricardo Stark, presidente da Siemens, deverá voltar à Câmara de São Paulo para prestar esclarecimentos na CPI dos Transportes Paulo Ricardo Stark, presidente da Siemens, deverá voltar à Câmara de São Paulo para prestar esclarecimentos na CPI dos Transportes

O presidente da Siemens no Brasil, Paulo Ricardo Stark, participou na última quinta-feira (10) em reunião da CPI do Transporte Coletivo na Câmara Municipal de São Paulo e deverá voltar para prestar novos esclarecimentos sobre o suposto cartel no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos) no Estado de São Paulo.

O presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT), explica que, após o depoimento de Stark, “ficaram lacunas e por isso a CPI já aprovou a volta deles para uma nova oitiva, que ainda não tem data para isso”. De acordo com Fiorilo, a CPI vai esperar as informações do Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) para depois agendar o retorno.

— Ele [Stark] trouxe algumas coisas novas. Disse que ao final da apuração, se constatada a existência de cartel e a apuração de valores, a Siemens teria todo interesse em ressarcir aqueles que foram prejudicados. O problema é que isso é só ao final do processo.

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O presidente da CPI diz ainda que, na Alemanha e nos Estados Unidos, a Siemens fez um acordo antes de iniciar o processo, de US$ 856 milhões e de US$ 850 milhões, respectivamente — cerca de R$ 3 bilhões no total. No Brasil, porém, a empresa alemã diz que tem interesse em ressarcir os cofres públicos, mas é preciso que se conclua o processo.

— Se na Alemanha e nos Estados Unidos foi possível, por que não poderia se fazer aqui no Brasil? O argumento dele [presidente da Siemens] é que é preciso esperar concluir o processo. Há uma dificuldade em chegar a um valor. É por isso que não dá para pensar no ressarcimento agora. Ele nem afirmou nem negou aquele valor dado pelo jornal O Estado de S.Paulo, de R$ 577 milhões, mas disse que tem interesse em fazer o ressarcimento como fizeram em outros dois lugares.

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Fiorilo também alertou para outro fato novo trazido pelo presidente da Siemens, de que a empresa tem contrato com a prefeitura de São Paulo, “pelo menos com a secretaria de Transporte e da Saúde, mas ele desconhece”.

— E pior: desconhecia também contratos feitos anteriormente, ou seja, naquele período de 1998 a 2007, correspondente à denúncia do cartel. Ficaram lacunas e por isso a CPI já aprovou a volta deles para uma nova oitiva. Ainda não tem data para isso, vamos esperar as informações do Cade e depois agendaremos.

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Prefeitura de São Paulo

De acordo com Fiorilo, no caso da prefeitura, é uma discussão mais delicada porque são recursos que a prefeitura repassou para o metrô nos anos anteriores e que poderia ter alguma intersecção.

— No entanto, é mais delicado. Tem que se chegar a isso naquelas obras denunciadas. É outra apuração que precisa ser feita.

O vereador afirmou que o presidente da Siemens falou somente sobre um suposto cartel no metro e CPTM.

— Eles [a Siemens] não falam de cartel na capital, embora trabalharem na saúde e no transporte aqui. Até porque, o presidente da Siemens desconhecia os contratos. Se ele desconhecia os contratos da capital, ele jamais poderia afirmar que teria cartel. Mas nós vamos chamá-lo novamente.

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