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Roberto Freire (PPS) abandona Ministério após pronunciamento de Temer

Ministro da Cultura é a primeira baixa após presidente decidir não renunciar

Brasil|Do R7

Roberto Freire assumiu o ministério em 23 de novembro de 2016
Roberto Freire assumiu o ministério em 23 de novembro de 2016 Roberto Freire assumiu o ministério em 23 de novembro de 2016

O Ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS-SP), anunciou nesta quinta-feira (18), minutos após pronunciamento do presidente Michel Temer, que deixará a pasta. O partido possuia, até então, dois ministérios. Raul Jungmann, ministro da defesa, não deixará o governo com Freire.

A assessoria de comunicação do ministério confirma a saída de Freire, que está a caminho do Planalto para entregar carta de exoneração.

A saída do ministro vai de encontro ao posicionamento da bancada do PSS no Congresso, que decidiu nesta quinta-feira, antes do pronunciamento de Michel Temer, defender a renúncia do presidente.

Em nota, a bancada do partido afirma que "Temer perde a capacidade de continuar à frente do comando do país e é necessário que esse vácuo de governabilidade seja preenchido o mais rapidamente possível", defendendo ainda a realização de eleições diretas.

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Outro membro do PPS no governo Temer, o ministro da Defesa Raul Jungmann (PPS-PE) afirmou, através da assessoria de comunicação do ministério, que não pedirá demissão da pasta: "Raul Jungmann comunica que permanece no cargo no pleno exercício da direção superior das Forças Armadas, em cumprimento das funções para as quais foi nomeado", diz o comunicado.

176 dias no cargo

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Freire assumiu a pasta da Cultura em 23 de novembro de 2016. Durante este período, se envolveu em uma discussão com o escritor Raduan Nassar durante a entrega do prêmio Camões, en São Paulo. Nassar. No evento, Nassar criticou o processo de impeachment, chamado por ele de golpe, e o que classificou como "tempos sombrios" no cenário político nacional.

Em resposta, o ministro afirmou ser "fácil criticar um governo democrático como o atual, que permitem o reconhecimento baseado não na política, mas o valor do escritor". Pessoas presentes na entrega criticaram a fala, o que culminou em um bate-boca.

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Ao longo do tempo a frente do Ministério, Freire também foi citado pelo ex-executivo da Odebrecht Carlos Armando Guedes Paschoal em delação premiada. Segundo o delator, freire teria recebido R$ 200 mil via caixa 2 para ajudar a campanha de Roberto Freire para o cargo de deputado federal em 2010. O apelido de Freire na planilha da Odebrecht era "Curitiba".

Ainda no âmbito da Lava Jato, o agora ex-ministro constava na lista entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao relator da operação no STF, Edson Fachin, determinando a abertura de inquérito contra nove ministros, 29 senadores e 42 deputados federais. 

No caso de Roberto Freire, Fachin remeteu o caso de volta à PGR e sugeriu a extinção da punibilidade porque ele tem mais de 70 anos. Por isso, Freire está fora da lista de alvos de inquérito. O ministro é suspeito de ter recebido R$ 200 mil em caixa dois nas Eleições 2010.

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