A tornozeleira eletrônica ficou nacionalmente conhecida com os avanços e condenações da Operação Lava Jato. Usado largamente como medida alternativa à prisão, o equipamento é seguro e eficaz ou pode ser removido da perna do acusado e se tornar um problema à Justiça?
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um rapaz que coloca o tornozelo, com uma tornozeleira eletrônica, dentro de um freezer. Depois de cerca de 2 horas o dispositivo é removido com absoluta facilidade (assista abaixo).
Em entrevista ao Programa do Porchat nesta segunda-feira (4), o diretor-executivo da Synergye, Carlos Alberto Luna, reconhece que o truque "dá certo".
— O freezer tem uma proteção de alumínio. Qualquer estrutura de alumínio [permite isso], até enrolar a tornozeleira com papel alumínio. Isso bloqueia o sinal, mas vai marcar a posição [onde a tornozeleira foi retirada].
O equipamento custa, em média, R$ 240 por mês aos Estados que contratam esse tipo de serviço por pessoa — muito mais barato que a estimativa de R$ 2.400 ao mês, referente ao custo mensal de um detento atrás das grades.
Luna explica que a tornozeleira eletrônica funciona como um "rastreador veicular", uma vez que "tem GPS e comunicação via celular GPRS, que indica a posição dela ao sistema".
Quando violada, a tornozeleira emite um som em um sistema central da polícia, que envia uma viatura para o local.
— Uma violação pode ser de um dispositivo desligado, um rompimento ou uma pessoa que está longe de uma área que ela deveria estar.