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Bolsonaro diz que está empenhado em proteger brasileiros na Ucrânia

Presidente republicou comunicado sobre o que brasileiros no país do Leste Europeu devem fazer

Brasília|Augusto Fernandes e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Os presidentes Jair Bolsonaro (Brasil) e Vladimir Putin (Rússia)
Os presidentes Jair Bolsonaro (Brasil) e Vladimir Putin (Rússia) Os presidentes Jair Bolsonaro (Brasil) e Vladimir Putin (Rússia)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou no Twitter, na tarde desta quinta-feira (24), que está "totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia". Ainda segundo ele, a "embaixada em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente".

Pelo Instagram, Bolsonaro publicou orientações feitas pelo Ministério das Relações Exteriores aos brasileiros que vivem na Ucrânia. A postagem foi feita depois dos ataques militares conduzidos pela Rússia à capital ucraniana, Kiev, e a outras cidades do país. 

A mensagem diz que a Embaixada do Brasil em Kiev "permanece aberta e dedicada, com prioridade, à proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia". Segundo o comunicado, a embaixada vem renovando o cadastramento dos brasileiros e tem transmitido orientações, por meio de mensagens em seu site, em sua página no Facebook e em grupo do aplicativo Telegram.

"Solicita-se aos cidadãos brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a Embaixada. Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da Embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam", diz o texto do Itamaraty.

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É a primeira vez que o chefe do Executivo federal se manifesta desde a invasão da Ucrânia. As Forças Armadas russas já assumiram o controle da planta nuclear de Chernobyl, próximo à cidade-fantasma de Pripyat, na Ucrânia. Mais cedo, Bolsonaro falou com apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, e depois participou de uma cerimônia no interior de São Paulo, mas não citou os ataques da Rússia.

Já o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que o Brasil não está neutro em relação ao ataque russo sobre a Ucrânia e que "deixou muito claro que respeita a soberania" do país invadido. "Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano."

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Na semana passada, em meio às tensões diplomáticas e ao risco iminente de guerra, Bolsonaro esteve em Moscou, capital da Rússia, e encontrou-se com Putin. Na ocasião, o mandatário brasileiro exaltou o diálogo com o país, defendeu a soberania nas nações e o empenho pela paz.

O chefe do Executivo demonstrou solidariedade à Rússia, e a declaração não foi bem recebida por diversos países, entre eles os Estados Unidos. A Casa Branca destacou que o Brasil pode estar do outro lado da comunidade global. O Itamaraty, por sua vez, lamentou a declaração americana.

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Invasão russa da Ucrânia

Na manhã desta quinta-feira (24), o presidente Vladimir Putin anunciou que autorizou uma operação militar no leste da Ucrânia. Em pronunciamento, o russo afirmou que a ação visa desmilitarizar o país vizinho, mas não ocupá-lo. De acordo com Putin, a operação quer proteger a região separatista de Donbas. Apesar da declaração do presidente russo, correspondentes de agências internacionais relatam diversas explosões na capital ucraniana, Kiev.

Putin advertiu, ainda, que aqueles que "tentam interferir devem saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências que nunca conheceram".

Em resposta à invasão, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, decretou lei marcial no país. Pela decisão, o governo substitui todas as leis e autoridades civis por leis militares — a medida normalmente é implantada em reação a cenários de extremo conflito e a crises civis e políticas.

Zelenski comparou, também, as ações de Putin na Ucrânia com as da Alemanha nazista contra os judeus na 2ª Guerra Mundial. Além disso, o presidente incentivou a população a sair às ruas com armas para defender o país.

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