O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Myke Sena/MSApós aplicar a primeira dose de vacina contra a Covid-19 produzida 100% em solo brasileiro, fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta terça-feira (22) que é possível que o Brasil passe a exportar os imunizantes em um futuro próximo.
“Naturalmente, é necessário que a vacina produzida na Fiocruz obtenha o registro emergencial na Organização Mundial de Saúde. Não há negociação [com outros países], porque o Brasil começou agora a produzir a vacina com o IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] nacional. É preciso que os processos regulatórios sejam cumpridos e, a partir daí, essa condição de exportar ela passa a ser também uma característica do Brasil”, analisou.
Segundo Queiroga, o país tende a ampliar ainda mais a capacidade de fabricar imunizantes contra a Covid-19. Ele lembrou que, além da produção nacional que já é feita pela Fiocruz, a Pfizer/BioNTech tem uma parceria com a farmacêutica brasileira Eurofarma para a fabricação local do seu imunizante.
“A própria Organização Mundial de Saúde escolheu o Brasil como um hub para produção de vacinas. Ou seja, dois anos após, o Brasil mostra a sua força na produção de vacinas, que aliás é uma característica do Brasil, que já tem um programa de imunização muito consolidado e respeitado mundialmente”, ressaltou Queiroga.