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CPI vai ouvir o empresário Otávio Fakhoury na quinta-feira (30)

Apuração de empresário envolve gabinete paralelo e financiamento de divulgação de informações falsas (fake news)

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

O grupo majoritário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 decidiu ouvir na próxima quinta-feira (30) o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, vice-presidente do Instituto Força Brasil (IFB). Os senadores vão ouvi-lo no âmbito das apurações que envolvem a disseminação de informações falsas durante a pandemia. Existe a suspeita de que ele tenha participação no financiamento de fake news. A convocação de Fakhoury foi aprovada no início da sessão desta terça-feira (28).

O inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF) foi compartilhado recentemente com a comissão, e abasteceu os parlamentares com informações importantes relativas ao financiamento da rede de desinformação durante a pandemia, que também esbarra com a existência do gabinete pararelo (composto de pessoas sem cargos no governo que assessoravam o presidente da República com informações negacionistas).

A comissão já ouviu o presidente do IFB, o tenente-coronel da reserva Helcio Bruno, em agosto deste ano. Ele passou a ser visto no âmbito da comissão após quebra de sigilo telefônico do cabo da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) Luiz Paulo Dominghetti, apontado como vendedor autônomo de vacinas da empresa americana Davati Medical Supply. Dominghetti denunciou ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose ao tentar vender vacinas ao ex-diretor de Logística Roberto Dias.

Em conversas entre Dominghetti e Cristiano Carvalho, representante da Davati, eles falavam que o caminho dos negócios para a venda de vacinas ao governo federal passava pelo "Helcio com H". Dominghetti e Cristiano se reuniram no Ministério da Saúde com o então secretário-executivo Elcio Franco em uma agenda de Helcio Bruno. Este concedeu o espaço da reunião aos dois vendedores ligados à Davati por intermédio do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah).

Além disso, quando Helcio depôs à comissão, os senadores apontaram que o site do IFB tinha informações falsas no âmbito da pandemia, como incentivo ao uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid.

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