Os pacientes das alas destinadas à Covid-19 de hospitais permanentes da rede pública do Distrito Federal já estão sendo transferidos para os hospitais de campanha. Além da liberação desses leitos para aumentar a capacidade de realização de cirurgias eletivas, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, na manhã deste sábado (28), a autorização de pagamento de 10 mil horas extras para que servidores possam atuar, especialmente, nas cirurgias de trauma e ortopedia, consideradas as mais importantes, de acordo com levantamento da Secretaria de Saúde do DF.
“Essas medidas vão ajudar a reduzir as filas e acelerar as cirurgias eletivas, uma demanda represada por conta da pandemia. Com isso, esperamos colocar as filas dentro da normalidade. Mas, se forem necessárias mais horas extras de trabalho, temos disposição e recursos para fazer. O importante, neste momento, é mobilizar as equipes dentro dos hospitais”, disse Ibaneis Rocha. Na última sexta-feira (27), foi implementado um sistema de mutirão no hospital de Taguatinga para agilizar o andamento das cirurgias.
A publicação do decreto de nomeação de novos servidores deve sair entre terça e quarta-feira (1º/9). Serão 80 farmacêuticos, 53 administradores, 35 fonoaudiólogos, cinco economistas, cinco estatísticos, cinco contadores, cinco analistas de sistema e mais 104 médicos, que atuarão nas áreas de cirurgia do aparelho digestivo, cirurgia do trauma, endoscopia e ortopedia.
Leitos suspensos
Segundo o governador Ibaneis Rocha, os esclarecimentos referentes aos 160 leitos suspensos pelo Tribunal de Contas do DF já foram realizados e a expectativa é de que, até quarta-feira (1º/9), o assunto seja deliberado.
“Precisamos desses leitos porque essa é a única forma de desocupar a rede hospitalar e seguir o plano de zerar as cirurgias eletivas. Se não avançarmos nessa licitação, teremos que fazer uma nova para atender aos requisitos do Tribunal de Contas”, explicou.
Por unanimidade de votos, o plenário do TCDF decidiu impedir que a Secretaria de Saúde contratasse, sem licitação, a empresa Associação Saúde em Movimento, que iria fazer a gestão de leitos de terapia intensiva nos hospitais do Distrito Federal para tratar pacientes acometidos pela Covid-19.