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Governador do DF parabeniza PM por trabalho nos protestos

Apesar do furo ao bloqueio na noite de segunda-feira (6), Ibaneis fez uma postagem nas redes sociais cumprimentando agentes

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Esplanada dos Ministérios teve caminhões e manifestantes à pé no 7 de Setembro
Esplanada dos Ministérios teve caminhões e manifestantes à pé no 7 de Setembro Esplanada dos Ministérios teve caminhões e manifestantes à pé no 7 de Setembro

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), divulgou, no Twitter, uma mensagem de agradecimento às forças de segurança, pela atuação nas manifestações pró-governo e de oposição neste 7 de Setembro. Os protestos na Esplanada, que estavam marcados para esta terça-feira, começaram antecipadamente, depois que caminhoneiros e vários ônibus de apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), invadiram a Esplanada sob a perplexidade dos policiais militares que faziam a segurança no local.

“Assistimos na nossa cidade às manifestações antagônicas de apoio a todas as posições políticas do nosso país. Nessa ocasião em que se comemora o aniversário da nossa independência, tivemos uma belíssima demonstração de organização e espírito cívico das nossas forças de segurança”, postou Ibaneis em seu perfil oficial. “Fica aqui o meu agradecimento a cada uma e a cada um dos nossos policiais militares, civis, bombeiros militares e agentes do Detran. Firmes pela democracia, continuamos todos juntos nessa jornada cívica”, encerra o texto do governador.

A invasão da noite de segunda-feira (2) contou não apenas com caminhoneiros, mas com diversos ônibus de manifestantes e carros. Policiais tentaram fazer outros dois pontos de bloqueio, mas os veículos só foram parar na barreira final, na altura do Palácio do Itamaraty, ao lado do Congresso Nacional. Ambulantes também desceram, grupos ligaram caixas de som, desmontaram parte das grades usadas para fazer a segurança da região e usaram as peças para cercar barracas. Logo, vários acampamentos estavam montados.

A ação dos manifestantes inviabilizou pelo menos parte da estratégia da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, pois não houve revista de nenhum dos presentes ou nas barracas e não foi possível saber se, entre os manifestantes, alguém estava portando um dos materiais que o governo distrital definiu como proibido para os atos, como hastes de madeira ou de ferro para bandeira, frascos de vidro ou armas brancas.

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Também nesta terça-feira (7), em alguns pontos de revista na Esplanada dos Ministérios, os policiais deixaram os manifestantes passarem sem olhar bolsas ou sacolas, o que não se repetiu, por exemplo, nas manifestações de oposição, concentradas na Torre de TV da capital.

Dentro dos planos

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O R7 procurou a Polícia Militar do DF. O chefe do centro de comunicação da corporação, coronel Edvã Sousa, defendeu o trabalho dos policiais. Sobre a invasão, o porta-voz afirmou que havia previsão de uma série de caminhões ficarem estacionados na Esplanada durante os protestos. Porém, um grupo de caminhoneiros que não teria representantes na mesa de negociação da Secretaria de Segurança Pública teria se aproveitado da abertura para invadir o espaço.

“Um grupo de caminhoneiros aproveitou-se disso e não cumpriu com o combinado para estacionar do lado esquerdo da via S1. Era uma quantidade ínfima de representantes que descumpriram e não estavam na mesa de negociação. Decidimos não penalizar a manifestação”, afirmou o coronel Edvã.

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Sobre a revista, o coronel argumentou que estavam previstas com horário fixo, a partir das 7h. “Eu estava presente no começo da noite, passei a noite lá e permaneci durante o dia. Em todas as escadarias da esplanada, no lado sul e no norte, a revista foi mantida. Não estava programada para acontecer no período noturno. Não era para ter entrado os veículos menores. Era para ter entrado os caminhões e os veículos agrícolas”, disse.

Já a respeito da manifestação da oposição, o porta-voz explicou que o número de manifestantes era bem menor, e foi possível manter os protocolos de segurança com menos policiais e sem montagem de linha de revista. “Os policiais estavam observando a todos os presentes. Então, não havia necessidade de montar uma grande estrutura para policiar um movimento pequeno.”

Questionado se houve falha da inteligência da PM ou da Secretaria de Segurança Pública, e se haverá sindicância, o coronel negou. “Na questão da inteligência, não houve furo. Sabíamos que parte dos caminhoneiros iriam entrar meia noite. Houve negociação para entrar um pouco mais cedo e um descumprimento de caminhoneiros, 30 caminhões, que descumpriram esse acordado, e são pessoas que não tiveram representação na mesa de negociação”, disse.

“Não houve erro de procedimento dos policiais que estavam presentes. O que houve foi o funcionamento do nosso ponto de segurança. Em um primeiro momento, houve problema por desacordo dos manifestantes. Não houve erro de procedimento que a gente ache necessário abertura de sindicância ou procedimentos na corregedoria”, garantiu o militar.

Sem autorização para veículos

Na noite de segunda-feira (6), por telefone, o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, admitiu ao R7 que houve furo no bloqueio, e disse que a Esplanada estava fechada para veículos. Questionado sobre se havia autorização, ele disse que não. “A Polícia Militar está preservando a área. Tentando organizar essa situação. Eles entraram no bloqueio, mas o pessoal está lá ajustando a situação”, afirmou. “A Esplanada estava fechada para veículos e a informação que chegou é que alguns veículos teriam passado”, completou.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal disponibilizou 5 mil agentes de vários órgãos e corporações do governo para fazer a segurança da Esplanada, além de mobilizar todo o efetivo da PMDF para o feriado da Independência. Por meio de nota no fim da tarde desta terça-feira (7), a pasta destacou que o evento terminou sem incidentes graves.

“As manifestações - tanto na Esplanada dos Ministérios, quanto nas imediações da Torre de TV - ocorridas nesta terça-feira (7), foram finalizadas sem nenhuma intercorrência grave. Sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), as forças de segurança locais atuaram de forma integrada e seguindo protocolo elaborado previamente, com base em levantamentos de inteligência e pactuado entre o governo e organizadores dos eventos”, afirma o texto.

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