Um homem de 27 anos sofreu um ataque de abelhas e levou cerca de 30 picadas no fim da tarde de quinta-feira (16), na quadra 309 Sul, em Brasília. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para um hospital particular por conta de reação alérgica. Outras duas pessoas foram atendidas no local.
Somente neste ano, entre janeiro e julho, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF registrou 55 casos de acidentes com abelhas. De um total de 1.280 acidentes envolvendo animais peçonhentos, grande parte envolve em primeiro lugar os escorpiões, com 967 casos. A segunda maior causa é com serpentes, com 105 ocorrências registradas e, na terceira posição, aparecem os acidentes com abelhas.
Em julho deste ano, um homem de 53 anos morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória, em Samambaia Sul, região do DF, por conta do ataque de abelhas. Em fevereiro, dois cachorros morreram após ataques desses insetos dentro de um apartamento na quadra 716 Norte. Moradores do prédio também foram picados.
Aumento de casos
Com o aumento das queimadas por conta da seca, o número de abelhas pode aumentar na capital. Como as plantas que servem de alimentação são perdidas nos incêndios, elas se deslocam para cidade, especialmente, nos locais onde têm flores e frutas.
O Cerrado conta atualmente com 400 espécies de abelhas registradas. Dentre elas, há a africana, que merece atenção redobrada. Ela é conhecida por ter uma postura defensora e por atacar pessoas que se aproximam da colmeia. Essa espécie costuma ser mais agressiva durante o processo migratório, que é quando protegem a abelha rainha.
Emergência
Quem sofrer ataques de escorpião, aranha, lagarta e lacraia pode entrar em contato com a Vigilância Ambiental por meio do telefone (61) 2017-1344.
No caso de ocorrências com abelhas, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 193, e, no caso de serpentes, o Batalhão de Polícia Ambiental (190) está a postos. Em relação a esses dois animais, cabe à Vigilância Ambiental a orientação e a educação da população sobre os cuidados de prevenção para evitar os acidentes.
A Secretaria de Saúde conta também com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados, que funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, disque 0800-644-6774.