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Média de mortes por Covid-19 cai no Distrito Federal

O perigo é o avanço da variante Delta, com transmissão crescente entre a população. O alastramento aumenta o risco de morte 

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Adolescentes exibem cartões de vacinação após receberem imunização no DF
Adolescentes exibem cartões de vacinação após receberem imunização no DF Adolescentes exibem cartões de vacinação após receberem imunização no DF

A média móvel de mortos por Covid-19 no DF está em queda no Distrito Federal. De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde desta terça-feira (14/9), o indicador de óbitos caiu de 12,4 óbitos por dia em 31 de agosto para 12,1 em 7 de setembro.

O pesquisador em Covid-19 do Centro Universitário Iesb e da universidade de Brasília (UnB) Breno Adaid explica que o DF vive um cenário atípico, pois a expectativa era de uma elevação mais rápida no número de casos, em estabilidade, por causa da variante Delta. A taxa de transmissão (RT) apresentou crescimento,

“A primeira coisa importante a avaliar é que nesse boletim, a média móvel de casos está andando de lado. Não está despencando. Temos duas coisas concorrendo, uma variante super contagiosa e uma vacinação acelerada. Um alivia o outro. Era esperado que os números subissem mais, mas não subiram. É potencialmente surpreendente”, afirma. 

“Hoje, a média móvel de casos é de 701. Está estável. Nos últimos seis dias, ela andou de lado. Ela veio em uma crescente de oito dias e seis dias de estabilidade. O esperado era um ciclo de descendência. Mas, com o cenário de Delta, pode voltar a crescer. Os exemplos lá de fora são de disparo. A média móvel de óbito também está estável. Temos uma média móvel de 12. É relativamente lateralizada. Deu uma queda leve. A expectativa é que ela caia mais. Isso é um número animador”, pondera.

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O especialista acrescenta, ainda, que com a vacinação, mesmo que o DF enfrente um aumento grande no número de casos, o crescimento no número de mortes tenderá a ser menos acentuado do que em um cenário sem vacinação. É preciso, no entanto, que o governo fique de olho em outras variantes. “Um cenário mais grave só acontecerá com outra variante. A expectativa é positiva em relação aos óbitos. O pior cenário com a Delta, de disparada de casos, é uma elevação leve no número de óbitos. Se tudo continuar como está, a tendência é cair o número de óbitos. A vacina reduz muito as chances de morte pela doença”, detalha.

Entre as variantes perigosas está a Mu, identificada, pela primeira vez, na Colômbia. “A Mu foi considerada variante de interesse. Está sob estudos. Ainda não tem dados para dizer que é mais agressiva que a delta. Nos locais onde foi detectada, apresentou agressividade grande. Mas não tem tempo o suficiente para ela chegar em uma população em que a Delta se alastrou, para ver se ela vai ‘dominar’ a Delta. É a chamada prevalência, em que você pega ela mesmo tendo pego as outras. Sabemos que a Delta é prevalente sobre a P1”, exemplifica.

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