Até 2016, a Chevrolet vai lançar no Brasil um compacto global inédito, nos moldes do Volkswagen Up, com preço inicial abaixo dos R$ 30 mil e motores inéditos e mais eficientes. A "promessa" é de Dan Ammann, novo presidente mundial da General Motors, em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (20), em São Paulo.
O chefão do conglomerado norte-americano garantiu que o grupo seguirá investindo forte no País nos próximos dois anos. Entre os planos estão a renovação dos motores de menor cilindrada (1.0 e 1.4) e a criação de um compacto inédito com preço acessível, engenharia moderna e novas tecnologias.
— Estamos sempre de olho nas oportunidades e demandas dos mercados. O Brasil é um país importantíssimo para a marca Chevrolet e, por isso, seguiremos investindo alto nos próximos anos. Sabemos que os brasileiros querem um bom carro por um preço acessível. Entendemos esta necessidade e estamos trabalhando nela.
Ammann também confirmou que a globalização de produtos da Chevrolet tende a crescer e que a renovação da linha é necessária para que a marca siga com presença forte no Brasil e no mundo.
— Vocês podem esperar uma linha de produtos cada vez mais globais da GM. Logicamente que precisamos avaliar as particularidades de cada mercado, mas entendemos esta necessidade. Vamos investir em carros mais econômicos não apenas para cumprir regras, mas para agradar a nossos clientes.
Sucessor do Celta
Durante a entrevista, o presidente mundial esquivou-se de várias perguntas sobre o novo compacto de baixo custo. O executivo limitou-se a dizer que "é um segmento que a Chevrolet quer (e vai) participar". O modelo, no entanto, tem tudo para ser o hatch Spark, que nunca veio ao Brasil, mas é vendido em vários países no mundo — inclusive em vizinhos, como o Chile. O Spark está atualmente na 3ª geração, revelada em 2009, e deve mudar até 2015.
Santiago Chamorro, chefe da filial brasileira, reforçou a importância do segmento de carros de entrada no País e garantiu que a Chevrolet seguirá forte na disputa.
— Este nicho dos carros abaixo dos R$ 30 mil é muito importante, representa cerca de 20% dos negócios da indústria no Brasil e nós tradicionalmente participamos dele. Hoje, estamos presentes com o Celta e estaremos presentes no futuro. Mas ainda estamos trabalhando na 'receita'.
Cadillac no Brasil
Entre as pautas, os executivos também comentaram sobre a possibilidade de a Cadillac, marca de luxo da companhia, vir oficialmente. Tanto Ammann quanto Chamorro afirmaram que há um estudo.
— Existe luxo no Brasil? Sim. Existe uma tendência interessante? Sim. São elementos que nos fazem pensar, olhar as possibilidades. Não vamos anunciar nada agora, mas o Brasil está demonstrando que tem potencial para mercados de luxo. Agora, como seria esse lançamento, esta integração em termos de rede, não sabemos dizer.
O presidente da GM do Brasil concluiu a conversa reafirmando que, em breve, anunciará novos investimentos.
— O Brasil é um mercado grande que vai crescer no futuro. Acreditamos que, a partir de 2016, o mercado voltará a se aquecer. É esse otimismo que nos faz querer investir na inovação das fábricas, produtos e motores. Nossa missão agora é criar estratégias para estes produtos e tecnologias. Em breve falaremos de investimentos.
Além de Ammann e Chamorro, Jaime Ardila, presidente da GM na América do Sul, também esteve no encontro, realizado justamente na sede sulamericana da empresa, na zona Sul da capital paulista. Esta foi a 4ª vez que Dan Ammann visitou o Brasil e a primeira desde que assumiu o cargo, após Mary Barra ser nomeada CEO (executiva-chefe) da montadora — é primeira mulher a ocupar a posição mais alta da diretoria.
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