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Áudio pode comprovar acusação contra médica suspeita de eutanásia, diz delegado

Teor das gravações aos quais teve acesso e que constam no inquérito são "estarrecedoras" 

Cidades|

Virgínia Soares de Souza está presa desde o último dia 19
Virgínia Soares de Souza está presa desde o último dia 19 Virgínia Soares de Souza está presa desde o último dia 19

A suspeita contra a médica Virgínia Soares de Souza, presa no último dia 19 sob a acusação de homicídio qualificado quando atuava na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba, foi reforçada nesta terça-feira (26). O presidente da Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Paraná), Kiyoshi Hattanda, afirmou, durante encontro com jornalistas na sede da entidade, que o teor das gravações aos quais teve acesso e que constam no inquérito são "estarrecedoras".

— Essa é uma das, lamentavelmente, situações de distinção de pessoas que estavam em determinados leitos.

Entre as acusações, Virgínia é suspeita de acelerar a morte de pacientes que estariam utilizando os leitos do SUS (Serviço Único de Saúde) na unidade. Hattanda reforçou a tese da delegada do Nucrisa (Núcleo de Repressão de Crimes Contra a Saúde), Paula Brisola, responsável pelas investigações há um ano, que a divulgação de detalhes do processo pode provocar pânico.

— Se forem divulgados todos os detalhes, haverá uma comoção social muito maior do que já está acontecendo.

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No encontro, convocado pelo Sidepol (Sindicato dos Delegados de Polícia), o presidente Jairo Estorilho disse que a entidade apoia a delegada Paula, cujo afastamento foi pedido na última segunda-feira (25) pela diretoria do hospital.

— Ela está agindo dentro de toda legalidade, usando padrões internacionais para as investigações e cumprindo todas as ordens judiciais.

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Sobre a capacitação dos profissionais que investigaram o cotidiano da UTI, a polícia disse que o Nucrisa mantém convênios com o IML (Instituto Médico Legal) e o CRM (Conselho Regional de Medicina), o que possibilitou a interpretação de laudos e também de prontuários médicos.

Mesmo com a quebra de sigilo do processo por parte da polícia, não estão satisfeitos os advogados de defesa de duas das cinco pessoas presas desde a semana passada. Elias Mattar Assad, advogado de Virgínia, pede o acesso a todos os prontuários, áudios, filmes e documentos do processo.

No final da tarde, o Ministério Público do Paraná emitiu uma nota em que corrobora com o sigilo feito em torno das investigações. "Os elementos probatórios que constam até o momento no inquérito são considerados fortes, razão pela qual o MP-PR manifestou-se favoravelmente em relação aos pedidos de prisão e de busca e apreensão apresentados pela autoridade policial e deferidos pelo Poder Judiciário", diz a nota. No final das investigações, o MP-PR terá o prazo de cinco dias para o oferecimento da denúncia.

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