O acusado de ser o mentor da ‘barbárie de Queimadas’ fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, em João Pessoa, conhecida como PB1, enquanto trabalhava na cozinha e buscava alimentos no almoxarifado. A fuga ocorreu no começo da noite dessa terça-feira (17) e até a tarde desta quarta (18) ainda não havia informações sobre o paradeiro do detento.
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Lançamento de livro e missa marcam 7 anos da ‘Barbárie de Queimadas’Ele foi condenado a 108 anos de prisão por ser o responsável intelectual do estupro coletivo de cinco mulheres, que resultou na morte de duas delas. O crime ocorreu em 2012, na cidade de Queimadas, região de Campina Grande.
O secretário de Administração Penitenciária (Seap), Sérgio Fonseca, disse à TV Correio nesta quarta (18) que o detento fugiu por uma porta lateral de acesso do almoxarifado e que os serviços de Inteligência da Pasta e da Secretaria de Segurança já estão trabalhando para localizá-lo.
Quatro policiais penais que trabalhavam no setor onde ocorreu a fuga foram detidos e um deles acabou sendo autuado por facilitação da fuga, mas não permaneceu preso. Segundo o secretário, um inquérito policial e um procedimento administrativo interno foram abertos para investigar a conduta dos policiais penais.
O crime
Sete adultos e três adolescentes foram acusados de participar do estupro coletivo que ocorreu em uma festa de aniversário na casa de um deles e resultou na morte de Isabella Pajuçara e Michelle Domingos. Elas foram assassinadas porque teriam reconhecido os agressores.
Portal Correio
Portal CorreioO detento que fugiu nessa terça foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma e cinco estupros. Ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão e ainda teve aplicada a pena de 1 ano e 10 meses de detenção por lesão corporal de um dos adolescentes que também participaram dos crimes.
Mais seis homens também foram condenados e três adolescentes tiveram como sentença o cumprimento de medidas socioeducativas. Um dos acusados recebeu o benefício do regime semiaberto, mas acabou assassinado ao retornar para Queimadas.