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Coletivos virtuais unem escritoras para valorizar obras escritas por mulheres

Dos livros publicados por grandes editoras do país entre 1965 e 2014, 70% foram escritos por homens. Nos 115 anos de existência do prêmio Nobel de Literatura, somente 13 mulheres foram classificadas como vencedoras. E entre os 40 membros da Academia Brasileira de Letras, temos atualmente 5 mulheres. Os números são de um estudo realizado pelo […]

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Dos livros publicados por grandes editoras do país entre 1965 e 2014, 70% foram escritos por homens. Nos 115 anos de existência do prêmio Nobel de Literatura, somente 13 mulheres foram classificadas como vencedoras. E entre os 40 membros da Academia Brasileira de Letras, temos atualmente 5 mulheres. Os números são de um estudo realizado pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Universidade de Brasília, coordenado pela professora Regina Dalcastagnè, também autora do livro Literatura brasileira contemporânea: um território contestado (2012).

Já parou para pensar entre os livros lidos por você, nos últimos meses, quantos foram escritos por mulheres? A pergunta – e resposta para isso – pode parecer algo simples à primeira vista, mas, talvez, seja um indicativo de como a disparidade de gênero também afeta o mercado literário, como apontado nos dados citados acima.

A internet, no entanto, tem oferecido campo fértil para disseminação de ações que favoreçam as obras escritas por mulheres. A hashtag #readwomen, ou #leiamulheres em português, lançada pela autora inglesa Joanna Walsh em 2014, até hoje reverbera em coletivos femininos dentro e fora do ambiente virtual que têm como pauta o apoio à escritora famosas, assim como também na disseminação das obras escritas por autoras independentes.

“Temos vários outros movimentos que vieram, pouco a pouco, despontando e furando o cerco, através da criação de novos espaços virtuais. Como exemplo, o Grupo Virtual Mulherio das Letras Nacional (Facebook) criado em 2017 por um grupo de mulheres escritoras e revolucionárias”, como exemplifica Marta Cortezão, escritora e ativista cultural amazonense.

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Radicada em Segóvia, Espanha, desde 2012, a autora articula o Mulherio das Letras Espanha, além de coordenar o Tertúlias Virtuais, grupo virtual para disseminação dos escritos de mulheres de diferentes países. Para ela, embora os coletivos não sejam a solução de todos os problemas, rendem frutos positivos para o trabalho das escritoras, principalmente as independentes.

“Através de projetos de publicação de coletâneas/antologias desenvolvidos por estes importantes coletivos de mulheres, um expressivo número de autoras, no qual me incluo, tem logrado a publicação, bem como a divulgação de sua escrita. Não é a solução de todos os problemas, mas uma atitude positiva de luta e resistência por parte de mulheres”, explica.

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