Estimativa é de que as identificações das vítimas ocorram a partir desta segunda-feira
REUTERS/Josemar GoncalvesA Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte confirmou, no final da tarde deste domingo (15) que 26 presos foram mortos na rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz e no Pavilhão Rogério Coutinho Madruga, nos arredores de Natal. Alguns cadáveres foram encontrados dentro de uma fossa em frente ao Pavilhão 4 de Alcaçuz, onde foi encontrado a maioria dos detentos mortos. Nele, cerca de 200 homens circulavam soltos, pois as celas estão destruídas desde março de 2015.
A remoção dos corpos para o Itep-RN (Instituto Técnico de Perícia) começou a ser feita em caminhonetes abertas. Os corpos estão acomodados em sacos mortuários e deverão passar a noite numa carreta frigorífica que esteve estacionada ao lado da sede do Instituto, mas por motivos de segurança seguiu para o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, na zona leste da capital potiguar, onde permanecerá até a manhã desta segunda-feira (16).
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A estimativa é de que as identificações ocorram a partir desta segunda-feira, quando os familiares apresentarão documentos e fotografias dos presos assassinados. A maioria dos mortos foi decapitada e há muitos esquartejados.
O número de vítimas fatais, porém, pode ser maior. A listagem nominal das vítimas ainda não foi divulgada. Grande parte dos mortos foi identificada pelos apelidos, a partir da ajuda de outros colegas de cela sobreviventes ao ataque da facção rival.
Entidades ligadas à Defesa dos Direitos Humanos buscam obter mais detalhes quanto ao número de mortos, pois os familiares dos detentos acusam o governo do Estado de omitir informações.
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