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IGP confirma que frascos apreendidos com empresário continham ácido sulfúrico

Inquérito da Polícia Civil sobre "maníaco do ácido" será enviado ainda nesta segunda-feira para a Justiça

Correio do Povo

Correio do Povo|Do R7


Laudo do IGP deve agora reforçar as provas já existentes no inquérito
Laudo do IGP deve agora reforçar as provas já existentes no inquérito

O Departamento de Perícias Laboratoriais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) anunciou na manhã desta segunda-feira a conclusão da análise nos dois frascos plásticos encontrados com o empresário, de 48 anos, acusado de ser o “maníaco do ácido” que atacou e feriu cinco vítimas nos dias 19 e 21 de junho deste ano nos bairros Nonoai e Aberta dos Morros, na zona Sul de Porto Alegre. O laudo pericial, já disponibilizado para a Polícia Civil, confirmou que a substância contida em ambos recipientes, é realmente ácido sulfúrico, mesma substância altamente corrosiva jogada nas vítimas. O laudo do IGP deve agora reforçar as provas já existentes no inquérito, com cerca de 600 páginas, instaurado pela 13ª DP sob comando do delegado Luciano Coelho e que está sendo encaminhado agora à tarde para a Justiça.

Dono de empresa de turismo, o empresário foi preso na operação Arrhenius no dia 7 deste mês em Curitiba, no Paraná. Além da apreensão dos dois frascos de desodorante, os policiais civis recolheram um par de luvas, dois celulares, cinco cartões de chip, um notebook, três livros de autoajuda e uma pochete com ferramentas, entre outros objetos. Na ação foi cumprido mandado de prisão preventiva e outros três mandados de busca e apreensão em Curitiba e Almirante Tamandaré, no Paraná, bem como em Porto Alegre. No momento do interrogatório, o acusado não quis falar e vai manifestar-se somente em juízo apesar ter admitido informalmente a autoria do crime.

A investigação considerou que a principal suspeita para a motivação dos ataques, desferidos em vítimas aleatórias nas ruas Santa Flora e Francisca Prezzi Bolognese, é de que o empresário pretendia assustar a ex-companheira, mostrando que Porto Alegre era uma cidade violenta. Ele queria que a ex-companheira fosse morar com ele em Curitiba. Para cometer os ataques, o acusado alugou um Hyundai HB20 e dois Renault Logan. Ele já residiu na Zona Sul de Porto Alegre e estava morando em Curitiba.

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