Mais duas mulheres acusaram nessa quinta-feira o cantor americano R. Kelly de agredi-las sexualmente quando ainda eram adolescentes, em novas denúncias contra o superastro do R&B. Latresa Scaff, de 40 anos, e Rochelle Washington, de 39, disseram a jornalistas em Nova Iorque que conheceram Kelly em uma festa depois de um de seus shows em Baltimore, nos EUA, nos anos 90. Segundo elas, o artista havia as fornecido álcool e drogas antes de encurralá-las em seu quarto de hotel e de exigir que elas tivessem relações sexuais com ele. As mulheres não têm certeza do ano preciso do show, mas disseram que foi em 1995 ou 1996.
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Encarregados da segurança de Kelly teriam escolhido as mulheres no público e, logo após, elas foram convidadas para a festa, contaram. Durante o evento, as duas receberam cocaína, maconha e álcool e posteriormente foram convidadas ao quarto de hotel de Kelly, disse Scaff, que contou que um homem com um walkie-talkie disse a elas: "R. Kelly está se preparando para entrar no quarto. Levantem os vestidos".
O artista, hoje com 52 anos, chegou ao quarto vestindo camisa e jeans, com os genitas à mostra. Washington rejeitou seus avanços e se escondeu no banheiro, mas Scaff aceitou ter relações sexuais com ele, "embora não tivesse a capacidade para consentir", disse.
As mulheres são representadas pela poderosa advogada feminista Gloria Allred, que também cuida dos caso de várias mulheres que denunciaram Kelly. Scaff disse ter decidido contar publicamente o que aconteceu "por todas as outras vítimas" e incentivou outras mulheres a fazerem o mesmo.
Michael Avenatti - o advogado que representa a estrela pornô Stormy Daniels em sua batalha legal contra o presidente Donald Trump - também está defendendo várias pessoas vinculadas ao artista. Sem dar maiores detalhes, Allred disse que algumas mulheres que representa temem a divulgação de vídeos ou áudios de suas relações com Kelly.
Durante décadas, o artista, cujo nome de registro é Robert Sylvester Kelly, enfrentou ações e acusações de pornografia infantil, sexo com menores, de liderar um culto sexual e de agressões sexuais.