O governo de Mato Grosso do Sul divulgou nota na noite desta segunda-feira, 1 de Março, na qual explica a existência de móveis e equipamentos hospitalares no Centro de Convenções Albano Franco, em Campo Grande. Segundo o governo, o local está servindo de depósito.
A nota no governo foi divulgada horas após vídeo denunciando a situação começar a viralizar nas redes sociais. Segundo o denunciante que filmou a situação, os leitos e equipamentos hospitalares estariam parados no local.
“Pela poeira, isso aqui deve estar parado desde o início da Covid, no ano passado”, supõe o homem ao narrar as imagens. “(...) Estão esperando o que para poder salvar a população? (...)”, questiona.
Porém, conforme o governo, a informação propagada é falsa. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o local é utilizado como depósito para EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) adquiridos pelo Governo do Estado e também doados por empresas.
O Centro de Convenções é gerido pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS) e foi cedido pela instituição ao poder público para ser usado em ações de enfrentamento à Covid-19.
No local, estão armazenados, por exemplo, aventais, máscaras, luvas e outros equipamentos. Conforme a SES, eles são destinados, à medida do necessário, para as demandas de hospitais e outras unidades de saúde, tanto da Capital quanto do interior.
Camas - O Centro de Convenções Albano Franco também serve de depósito das camas hospitalares que foram utilizadas, no ano passado, nos hospitais de campanha em Campo Grande (no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul – HRMS) e em Ponta Porã (Hospital Regional Dr. José de Simone Netto).
As duas estruturas foram desativadas ainda em 2020 e as camas hospitalares estão agora depositadas no espaço do Centro de Convenções, tendo em vista a judicialização do pagamento das mesmas que encontra-se em andamento.
O governo ressalta que camas hospitalares não são leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Para serem classificadas como leitos de UTI, as “camas” precisam de profissionais especializados que fazem a gestão e manuseio correto de pacientes.
“E neste momento da pandemia há dificuldades para contratação de pessoal capacitado para o trabalho na linha de frente”, diz a nota.
Responsabilidade - A SES esclarece, ainda, que os recursos próprios do Estado, ou mesmo as transferências do governo federal, são utilizados de forma responsável e transparente.
A secretaria cita que repasses federais para tratamento da Covid-19 foram encaminhados aos municípios ou utilizados na compra de equipamentos para distribuição a unidades hospitalares no combate à Covid-19, tendo os valores ou aquisições sido amplamente divulgados por ocasião dos pagamentos.
Veja vídeo abaixo:
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