Denúncias dos internos sobre a alimentação na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechada da Gameleira foram levadas pela Comissão dos Advogados Criminalistas da OAB-MS para debate com o diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Aud de Oliveira Chaves e com o diretor da Gameleira 1, Maycon Roslen de Melo.
Na reunião realizada na quarta-feira (10), foi discutida medidas que serão tomadas diante das denúncias. A membro da Comissão e representando a OAB/MS, Thaís Lara esteve presente.
Durante a conversa, o diretor-presidente da Agepen, os diretores de Administração e Finanças, de Operações, de Divisão de Compras e Suprimentos, Diretores das Unidades Prisionais, servidores se reuniram com representantes da Empresa Health, que faz a entrega dos alimentos, para tratar do problema de má conservação dos alimentos encaminhados às unidades prisionais.
Aud pediu que os diretores das unidades estabeleçam rotinas no oferecimento das refeições. Já a empresa Health se comprometeu a levar em horário específico o café da manhã, almoço e jantar, para que o tempo entre o preparo e a entrega não demore a fim de melhor conservação dos alimentos.
Entenda – A OAB-MS recebeu denúncias de advogados de que os internos estariam sem comer nos últimos dias. Advogados e familiares de internos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechada da Gameleira denunciaram à Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), a privação de alimentação aos reeducandos nos últimos dias.
Alguns fazendo greve de fome pela má qualidade das refeições. Os familiares foram à imprensa protestar reivindicando melhores condições de alimentação aos reeducandos.
A instituição instaurou procedimento junto da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e encaminhou ofício à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) cobrando informações sobre o caso e providências.
Sobre o caso – Os internos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira (Unidade 1), em Campo Grande (MS), entraram em greve de fome nesta segunda-feira, dia 8 de Novembro. O ato teve início no período da manhã, por volta das 8h.
De acordo com uma mulher de 37 anos, que estava no local, há várias motivações para o protesto. Uma das reivindicações é a melhoria da comida que estaria chegando estragada.
(Fotos: Marco Miatelo)
Além disso, os internos reivindicam compra de uniformes e visitas íntimas com mais tempo, entre outros. Conforme a mulher, os presos reclamam de agressões sem motivos de agentes penitenciários.
"O sistema dessa penitenciária é horrível. Como moro longe, venho para as visitas que não duram nem 40 minutos", destacou a mulher que não quis ser identificada ao Diário Digital.
Na tarde desta segunda-feira, um advogado já estava na instituição para conversar com o diretor do presídio. Ainda conforme a esposa de um interno, se as reivindicações ficarem sem resposta, os familiares irão para frente da Governadoria e do Fórum cobrar posicionamento do governador, Reinaldo Azambuja e da Justiça.
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