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Coordenadora estadual da Central de Transplantes, fala sobre importância da doação de órgãos

Na manhã desta sexta-feira (24), a Coordenadora estadual da Central de Transplantes, Claire Miozzo participou de uma entrevista para o programa Noticidade da Rádio FM Cidade 97. Claire Miozzo falou sobre Setembro Verde e importância da doação de órgãos. "Nós temos uma alta taxa de negativa familiar em relação a doação de órgãos, a nossa […] O post Coordenadora estadual da Central de Transplantes, fala sobre importância da doação de órgãos apareceu primeiro em Diário Digital.

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Na manhã desta sexta-feira (24), a Coordenadora estadual da Central de Transplantes, Claire Miozzo participou de uma entrevista para o programa Noticidade da Rádio FM Cidade 97.

Claire Miozzo falou sobre Setembro Verde e importância da doação de órgãos.

"Nós temos uma alta taxa de negativa familiar em relação a doação de órgãos, a nossa acho que é uma das maiores do País, e piorou agora com a pandemia. As famílias são solidárias, o problema é que nós não temos campanhas educativas e esclarecedoras ao longo do ano. A gente conversa muito sobre isso em setembro por conta do setembro verde, em referência ao mês de doação de órgãos, os outros meses são vagamente comentados. Então isso tem que ser conversado todo dia, e você tem que falar com a família, porque a família que autoriza", conta Clairre Miozzo.

"O maior gesto de amor que você pode fazer por alguém é doar órgãos e tecido", afirma.

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"Nós temos dois tipos de doador, temos o doador comparada a cardiorrespiratória que é aquele que sofre um acidente ou uma morte violenta, e morre na hora, no momento tem uma parada cardiorrespiratória, esse é um doador de tecido, no caso aqui no nosso Estado, das córneas. E nós temos os doadores em morte encefálica, que são doadores que estão no ambiente hospitalar, em uma UTI, que muitas vezes tiveram um AVC, um traumatismo craniano, esses podem doar todos os órgãos e todos os tecidos, no caso podem doar coração, pulmão, fígado, rins, pâncreas, e os tecidos, córneas, ossos, pele. Só que isso tudo vai ser analisado, pela idade a gente só pode, por exemplo, ter doação de rins, só de fígado e pessoas mais jovens doam coração, pulmão. Mas no momento em que você tem o doador é quando vai ser analisado por uma equipe médica e ver realmente o que aquela pessoa é possível solicitarmos para a família", explica.

"Antes existia um documento onde a pessoa autorizava a doação de órgãos, essa era uma lei que chama lei presumida, se você colocava na identidade ou na carteira de motorista que você era um doador, automaticamente você era um doador, só que essa lei ela repercutiu mal, que ao invés de aumentar, ela diminuiu. Então essa lei foi reformulada para a lei do consentimento familiar, então a família no momento que a pessoa morre, ela que tem que autorizar. De certa forma ficou um pouco mais difícil, porque muitas vezes você não localiza a família, tem pessoas que não tem família, mas ficou transparente e mais seguro, porque você fala para as pessoas que você confia, no caso sua família, que tem que saber sobre a sua vontade, porque é ela que vai ser entrevistada e ela que tem o direito de fazer a doação de órgãos, porque doar órgãos é um direito", ressalta.

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"Nossas leis e nosso decretos são muitos rigorosos, tanto que você precisa de familiar e testemunha no termo da autorização. Então a pessoa tem que conversar e deixar claro em vida, só isso que ela tem que fazer. Evidente que se tiver na carteira de motorista ou na identidade é mais um álibi para a família, mas o que tem que ser feito é realmente deixar claro em vida a sua vontade", explica a Coordenadora estadual da Central de Transplantes.

"Hoje as filas no País, elas estão em mais de 40 mil pessoas aguardando e muitas pessoas estão na fila em caráter de urgência, então a pessoa tem que transplantar, se ela não transplantar ela vai morrer. Agora você imagina a angústia de quem está na fila de espera, e olha uma fila de 40 mil pessoas. Então é extremamente importante esse gesto de amor, de solidariedade de você doar os órgãos das pessoas que partem. E é interessante deixar claro para a família, porque muitas vezes já aconteceu da gente ter familiares que são contra a doação, mas o individuo morre e era a favor da doação, e a família autoriza. Essa conversa que você tem com a família, ela faz toda a diferença na hora que a família vai ser entrevistada para fazer a doação e é incrível isso, porque quando a pessoa e a família diz não, e perguntamos o porque, os familiares respondem que desconhecem o desejo do ente querido. E quando ela conhece a vontade, é mais prático a doação", afirma.

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